A triste sina dos funcionários públicos municipais

Educação

Charges: Paradoxo da educação!

Semana passada li um trecho produzido pela atuante vereadora Carmélia da Mata, provavelmente a única voz a defender direitos dos funcionários públicos barreirenses, muito antes de ser uma líder sindical atuante e presidente do maior sindicato  dos que têm vínculo com nossa Prefeitura Municipal.

Na nota, a vereadora lamentava a tragédia acontecida contra nossos funcionários municipais, há quatro anos, quando projetos endereçados pelo prefeito à Câmara, de números 10 e 11, liquidaram de uma vez por todas as vantagens auferidas ao longo de suas carreiras, à custa de muita luta e de muita abnegação.

Sem dúvida, uma traição devastadora contra nossos barnabés, perpetrada por uma administração sabidamente contrária aos seus interesses e aceitas por uma Câmara de Vereadores omissa e altamente comprometida com o gestor.

Lembra Carmélia em sua esclarecida nota, que durante o pouquíssimo tempo da tramitação daqueles projetos, medidas de exceção severas foram postas em prática e, muitos servidores foram proibidos de entrar na Câmara e, muito pior, até gás de pimenta foi utilizado pelos truculentos seguranças, para evitar as manifestações dos prejudicados.

A sociedade e seus integrantes, desde jovens planejam suas vidas. Ninguém ingressa em qualquer carreira sem projetar melhorar seu padrão de vida. O estudo e a conclusão de cursos de aperfeiçoamento tendem a impulsionar as diversas carreiras. Justo é, portanto, que os que se destacam em diversos setores, tenham seus esforços recompensados.

Após tanta luta e tanta dedicação, tanto apreço pelas tarefas que vinham desempenhando, eis que surge um administrador que pode muito bem ser declarado como algoz da classe trabalhadora do município, com cortes nas suas vantagens legalmente obtidas de até 90%. Um absurdo.

O corte brusco e até truculento, ainda hoje repercute nas finanças de muitos dos prejudicados, pois quando você passa a ostentar de melhores rendimentos, é natural que aumente seus compromissos financeiros. Os que assim fizeram, passaram por momentos difíceis e tiveram até que renegociar seus compromissos financeiros.

Imaginemos a situação de muitos dos vereadores que prejudicaram familiares e amigos, em troca de parcas e humilhantes compensações. Legislar não é brincadeira e a marca da traição ficará guardada na história de cada um deles.

Não cremos que a chamada “economia” visando acelerar obras, quando a maioria delas foi através de financiamentos vultosos, tenha colaborado para o êxito de uma administração.

Essa de dizer-se que os fins justificam os meios, para mim é uma balela sem tamanho. Mesmo porque a circulação do dinheiro que justamente era pago aos nossos servidores, continuaria sendo aqui mesmo, incrementando nossa economia e o nosso comércio.

Não só os professores foram prejudicados. Todas as categorias funcionais tiveram o mesmo dissabor

Itapuan Cunha

Editor

 

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