Sem Janja, ministros vão a Manaus para discutir seca histórica

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Os ministros vão se reunir com outras autoridades, empresários e sociedade civil para discutir as soluções do problema

A prefeitura antecipou o fim do ano letivo nas escolas de ribeirinhas, em Rio Negro (Foto: Redes Sociais)

Giovanna Soares

Com a forte seca e os incêndios no Amazonas e em várias regiões do Norte, um grupo de ministros liderado pelo vice-presidente e também ministro do Desenvolvimento, indústria e comércio, Geraldo Alckmin vai  desembarcar nesta quarta (4) em Manaus (AM) para apurar a situação no local. 

Durantes a visita dos ministros ao Amazonas, será assinado uma ordem no valor de R$38 milhões para a dragagem de um trecho de 8 quilômetros do Rio Solimões. A previsão é de que as obras durem cerca de 30 dias. Outra dragagem com previsão de aproximadamente 45 dias será anunciada em uma faixa de 12 km na foz do Rio Madeira e custará em torno de R$ 100 milhões. 

“A gente está buscando novos eixos de dragagem para que a gente possa não prejudicar as nossas hidrovias que fortalecem o escoamento de toda a região”, explicou Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos. 

Os ministros vão se reunir com autoridades, como o governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima (UNIÃO), e segundo o vice-presidente, pretendem visitar comunidades afetadas e conversar com empresários e representantes da sociedade civil. 

De acordo com o boletim de balanço do Comitê de Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental, dos 62 municípios amazonenses, 23 estão em emergência, 35 estão em alerta, dois em atenção e dois em normalidade. O Rio Negro também está sendo um dos principais pontos afetados, enfrentando no momento níveis baixíssimos de água. As queimadas pela capital é outro problema, e chegaram a cobrir a cidade de fumaça. Moradores das áreas rurais da capital estão enfrentando dificuldades em conseguir acesso a água potável e alimentação. 

Waldez Góes (PDT-AP) atual ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional do Brasil está assessorando 58 municípios amazonenses em situação de emergência decretada, e contribuindo para elaboração de planos para ajuda humanitária. Kits de medicamentos e primeiros socorros, além de alimentos, água potável e combustível, deverá ser enviada pelo Ministério da Saúde, e Forças Armadas deverão ser chamados para a distribuição. 

O impacto ambiental em Manaus, gerou a morte de 100 botos cor-de-rosa e tucuxis na região do Lago de Tefé. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou ter enviado equipes de veterinários e servidores do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA) e da Divisão de Emergência Ambiental, além de instituições parceiras para apurar as causas dessas mortes. Mas a suspeita é de que a seca e o calor histórico dos rios estejam causando as mortes de peixes e mamíferos na região. 

DIÁRIO DO PODER

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