Defesa nega interferência de Maurício Barbosa em operações contra desembargadores

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Foto: Betto Jr./ Ag. Haack/ Bahia Notícias

A defesa do ex -secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, negou neste sábado (16), a interferência em investigações de interesses de desembargadores que se tornaram alvos da Faroeste, a maior operação sobre venda de decisões judiciais do Brasil. Segundo publicação da Folha de São Paulo deste sábado, Maurício é apontado em um relatório da Polícia Federal, como um dos principais mencionados na apuração que aponta os investigados como suspeitos de participar de organização criminosa e de outras irregularidades

Em nota enviada ao Bahia Notícias, os advogados de Maurício alegaram que as informações contra o ex-secretário foram construídas “sem qualquer base” em fatos verídicos e que “somente apresentam um lado das versões”. 

A defesa de Barbosa alegou ainda que ele não seria “réu em nenhum processo e tem apenas contra si uma única proposta de acusação formulada pelo Ministério Público Federal que sequer foi acatada pelo Poder Judiciário”. 

“Os advogados Sérgio Habib e Thales Habib , que defendem o ex -secretário Maurício Barbosa , vêm refutar , com a veemência necessária , a matéria que saiu publicada na Folha de São Paulo relacionada ao seu constituinte.  Em primeiro lugar,  estranham mais um vazamento criminoso e direcionado de uma investigação criminal que tramita sob sigilo imposto por ministro do STJ e que somente a autoridade policial e o Ministério Público Federal têm acesso, o que constitui crime , não da imprensa que a divulgou,  mas da fonte de onde partiu, merecendo, sim , uma apuração de responsabilidades”

“Por segundo, são construídas narrativas sem qualquer base em fatos verídicos e que somente apresentam um lado  das versões, aliás produzidas por desafetos que num determinado momento tiveram seus sórdidos propósitos desatendidos. Por  terceiro , é preciso que se reponha a verdade e se diga que Maurício Barbosa não é réu em nenhum processo e tem apenas contra si uma única proposta de acusação formulada pelo Ministério Público Federal que sequer foi acatada pelo Poder Judiciário, uma vez que , até a presente data , não foi aprazada data para sua apreciação, podendo vir a ser rejeitada em face das inconsistências que nela se verificam. Não seria esta nem a primeira nem a derradeira vez em que o MPF teria denúncia rejeitada, até mesmo ensejando anulação de todo um processo criminal , desde que mal iniciado, como é o caso presente”.

“Em quarto lugar Maurício Barbosa, na condição de secretário de segurança pública à  época não tinha qualquer atuação e interferência nesses inquéritos aos quais a matéria se refere. Pelo que sabe as operações foram conduzidas pela Polícia Civil, Ministério Público e pela  Justiça.  Em quinto lugar, destaca que foi reconduzido ao cargo de delegado da Polícia Federal por decisão do próprio STJ , com atuação plena e com todos os direitos e garantias a ele inerentes . Por fim, destaca que interesses escusos de pessoas inescrupulosas e inimigas são os únicos responsáveis por essas aleivosias e inverdades levantadas e que tentam macular o seu nome e a sua integridade moral, mas que , tem a firme certeza , não conseguirão se sobrepor à Verdade  e à Justiça que , ao final , mercê de Deus , haverão de prevalecer”, diz a nota. 

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