O Blog Política ao Vivo, de Salvador, destacou hoje declarações feitas por ACM Neto sobre a abertura de capital da EMBASA, quando a concessionária teria melhores condições de ampliar seus serviços em todo estado da Bahia.
Em resposta, o ex-governador Jaques Wagner asseverou que no próximo governo dele não esperará que a iniciativa privada faça aporte de capital da empresa, já que ele pretende antecipar as iniciativas da estatal, como sempre fez.
É sinal que ambos, aparentemente, concordam com o fiasco do movimento financeiro da Embasa, insuficiente para cumprir o seu papel quanto ao fornecimento de água e esgotamento sanitário, não só pela falta de dinheiro, como também por equipamentos já arcaicos e que necessitam de uma severa reposição.
Sem falar que a EMBASA como fez aqui em Barreiras, para construir o sistema de esgotamento sanitário tomou vultosos empréstimos, para pagamento em até dez anos, para satisfazer frente aos recursos necessários para conclusão da obra, que por sinal até os dias atuais não foi concluída.
No esgotamento sanitário de Barreiras, por exemplo, há bairros inteiros que não foram contemplados e, ainda, muitos foram enfrentados pela iniciativa privada, ou seja, loteadores de vários loteamentos assim o fizeram sem qualquer ônus para a EMBASA.
Vale dizer, também, que a população ainda hoje reclama do elevado custo da taxa que é cobrada pelo serviços de esgotamento sanitário, de exatos oitenta por cento sobre o custo da água.
Muitos dos nossos moradores desconhecem que o Estado da Bahia há muito dispõe de uma agência que regula os sistemas de água e de esgoto, a AGERSA, que também fixa as taxas a serem cobradas, como é o caso dos famigerados OITENTA POR CENTO DA TAXA DE ESGOTO, para muitos um valor exorbitante e sem comparativo com o que é cobrado noutros estados.
Os moradores que se rebelam e até reclamam da falta de iniciativa dos vereadores para criar uma lei que baixe a exorbitante taxa de 80%, desconhecem que de nada valerá uma lei nesse sentido, já que o Tribunal de Justiça da Bahia, baseado na existência da AGERBA, desconsiderará qualquer iniciativa nesse sentido. Muitos casos já foram negados.
