Vantagem econômica e disponibilidade do produto facilitam contrabando

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Segundo o convidado do CB Debate, o contrabando possui uma face cruel com inúmeros crimes secundários como, por exemplo, homicídios, furtos e corrupção

Especialista participou do Correio Debate — Reforma Tributária: Uma oportunidade para combater o mercado ilegal – (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

O secretário executivo de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, coronel Wagner Ferreira da Silva, destacou que dois aspectos facilitam o contrabando no país: a vantagem econômica e o disponibilidade do produto nas regiões. A declaração foi dada nesta quarta-feira (22/8), durante o Correio Debate — Reforma Tributária: Uma oportunidade para combater o mercado ilegal.

“O primeiro aspecto é o da vantajosidade econômica. O criminoso só comete esse crime, porque ele vai obter lucro. E o outro aspecto é a disponibilidade do produto, ou esse produto não existe no país, e ele é trazido de um outro país, ou ele não existe na qualidade ou quantidade necessária”, afirmou o convidado.

Ferreira ressaltou que, apesar de parecer um crime não violento, o contrabando possui uma face cruel no país, com subnotificações de outros delitos, inclusive, mortes. “Existe um rastro de sangue por trás dele, porque ele financia ações violentas, o crime está conectado em diversos ramos. Para ele sair do ponto A e chegar no ponto B, diversos outros crimes secundários foram cometidos, como o domínio de território, a corrupção, homicídios, roubos, furtos”, disse.

Ele apontou que 51% dos veículos usados no transporte ilegal do cigarro, são furtados ou roubados. “O contrabando acontece no interior do Brasil para a fronteira, e da fronteira para o Brasil. Ele age em uma mão dupla de crime. Então, a todo momento ele impacta a fronteira, impacta o centro do país, impacta todos os aspectos da vida em sociedade”, completou o secretário.

CORREIO BRAZILIENSE

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