Reforma de Lula deve inchar ainda mais o time de ministros Foto: Marcello Casal Jr
Cláudio Humberto
Em nova tentativa de formar uma base de apoio no Congresso, o governo Lula 3 pretende promover uma primeira reforma ministerial que irá vai equiparar o número de pastas ao exagero da primeira gestão Dilma Rousseff. Lula começou o terceiro mandato com 37 ministros, assim como Dilma. Entretanto, Dilma criou a Secretaria de Aviação Civil, passando a 38, apenas três meses após o início do mandato. O 38º de Lula deve se chamar Ministério da Micro e Pequena Empresa.
Prêmio consolação
O novo ministério de Lula servirá para acomodar um dos atuais ministros do governo, que vão abrir espaço em ministérios mais importantes.
Ele de novo
Deve sobrar para a Márcio França (Portos) o novo Ministério da Micro e Pequena Empresa, que o Republicanos já avisou que não quer.
Coincidências
A ex-presidente impichada Dilma criou, em maio de 2013, a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com peso de ministério. O 39º.
Outros tempos
A Secretaria da Micro e Pequena Empresa acomodou o PSD de Gilberto Kassab na Esplanada de Dilma, através da indicação de Guilherme Afif.
Os dois presidentes já se reuniram presencialmente em fevereiro deste ano. Foto: Ricardo Stuckert/PR.
Lula trata com Biden de mixaria para Amazônia
O presidente Lula aproveitou telefonema com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para reforçar o pedido constrangedor de doação de US$500 milhões para o Fundo Amazônia, como se o Brasil necessitasse dessas esmolas para bancar a proteção da floresta. A conversa mole interessa ao governo americano, que junto a outros países ricos acumula dívida anual de US$100 bilhões, valor com o qual se comprometeu na COP26 para financiar o impacto climático nas nações pobres.
Nada disse
O silêncio de Biden indica que ele não está nem aí: enquanto Lula fez até textão no Twitter sobre o telefonema, o americano fez que não ouviu.
Cadê o dinheiro?
Europeus também aproveitam o discurso verde para lacrar, mas nada doaram desde 2018, revela transparência do BNDES, gestor do fundo.
Cinco anos de seca
Os últimos aportes que o fundo recebeu são de 2018, R$272,3 milhões da Noruega e R$1,1 milhão da Petrobras.
Dedo de Dino
O comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Klepter Rosa Gonçalves, foi alçado ao posto por decisão do interventor Ricardo Cappelli, braço direito de Flávio Dino no Ministério da Justiça.
Poder de influência
Pesquisa do instituto maranhense Data Ilha revela que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem maior poder de influência sobre o eleitorado do Maranhão do que o atual ministro e ex-governador do estado Flávio Dino.
Promessas ao vento
O ministro Alexandre Padilha (Articulação) garantiu na véspera que Lula definiria os detalhes da tão prometida reforma ministerial antes da viagem à África do Sul. Já na sexta-feira de manhã foi desmentido.
Pura coincidência
Enquanto fracassavam mais uma vez as negociações da reforma ministerial, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, avisava que a reforma tributária vai mudar. E atrasar, faltou dizer.
Filme repetido
A defasagem dos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras motivou alerta do deputado Evair de Melo (PP-ES): “a medida foi tentada por Dilma e resultou em R$120 bilhões de prejuízo”, lembrou.
Lacre e lucro
O herdeiro da família Busch quer recomprar “com desconto” a cervejaria Anheuser-Busch, que faz a Bud Light, criticada por propaganda lacradora com influencer trans. Hoje pertence à AB Inbev, da qual o bilionário brasileiro Jorge Paulo Lehman (aquele da Americanas) é sócio.
Só no Whatsapp
O deputado Filipe Barros (PL-PR) apontou curiosa contradição do hacker na CPMI, alegando ter acessado o Telegram (mensagens) do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia: “Ele nunca usou esse aplicativo”.
Nem conheço
Citado pelo hacker e estelionatário Walter Delgatti, o marqueteiro Duda Lima deu sua versão: disse que o rápido encontro com o hacker de Araraquara foi na escadaria do PL e que nem sabia quem ele era.
Pensando bem…
…delação sem prova não vale na Justiça. Já em CPI…
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO