Recondução de Aras à PGR volta a ganhar força

Destaque

A principal resistência a Aras não estaria nos partidos aliados ao governo Lula e sim no STF, onde ministros disputariam influenciar a indicação. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Cláudio Humberto

O procurador-geral da República, Augusto Aras, voltou a ganhar força no governo federal, esta semana, para ser reconduzido ao cargo que ocupa há dois mandatos. Apesar de ter sido inicialmente indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, criando resistência entre petistas, Aras tem trânsito na atual administração Lula, e também tem a vantagem de ter sido avaliado e aprovado duas vezes no Congresso, onde o governo escorrega. É competência exclusiva do presidente indicar o PGR.

Outra luta

A principal resistência a Aras não estaria nos partidos aliados ao governo Lula e sim no STF, onde ministros disputariam influenciar a indicação.

Vontades

No governo, Flávio Dino (Justiça) adoraria ver no cargo seu irmão, o procurador Nicolao Dino. Mas a ideia já foi descartada.

Lista formada

A lista tríplice da associação de procuradores que inclui José Adonis, Luiza Frischeisen e Mario Bonsaglia, já foi entregue a Lula.

Pesos e medidas

O presidente Lula já indicou que deve escolher um nome para PGR fora da lista tríplice, assim como fez o ex-presidente Bolsonaro.

Paulo Câmara (PSB), ex-governado de Pernambuco, atual chefão do Banco do Nordeste

Boquinha de ex-governador paga mais que o STF

O ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara pode ser considerado um exemplo político de “cair pra cima”. Enquanto era inquilino do Palácio do Campo das Princesas, Câmara tinha vencimentos de R$9,6 mil por mês. O político, que era do PSB e apoiou o PT na eleição de 2022, foi alçado à presidência do Banco do Nordeste (BNB), estatal federal, após a vitória de Lula. Teve generoso upgrade: o salário atual é de R$46,5 mil.

Penduricalhos

Como chefão do BNB, Câmara tem direito aos auxílios alimentação, de R$964,28, e moradia, R$1,8 mil, se não tiver casa onde exerce o cargo.

Turbinada no holerite

A depender dos resultados que o banco apresentar sob gestão de Paulo Câmara, o ex-governador pode embolsar um bônus de quase R$280 mil.

Teto pra quem?

Atualmente um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), parâmetro para o teto salarial do funcionalismo público, tem salário de R$41,6 mil.

Necessidade grita

Lula avisou no Planalto que terá que cortar na própria carne na reforma ministerial. PT e PSB deverão abrir espaço na Esplanada para membros de partidos do centrão, essencial para aprovar matérias no Congresso.

Alvos certos

Estão na mira da prometida reforma ministerial de Lula as ministras Ana Moser (Esporte) e Simone Tebet (Planejamento), além do ministro Márcio França (Portos e Aeroportos).

Alô, polícia?

O senador Magno Malta (PL-ES) tenta uma resposta para declaração de Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) de que “nós prendemos mais de 2 mil pessoas no dia 8 de janeiro”. A questão de Malta é: “nós quem?”.

Depende de…?

Em abril, autoridades governistas anunciavam que o arcabouço fiscal seria aprovado no primeiro semestre. Após o recesso do meio do ano, a expectativa virou julho. Agora fala-se em “até o fim de agosto”.

Danos históricos

Com apoio do movimento Democracia Sem Fronteiras Brasil, o deputado distrital Thiago Manzoni (PL) protocolou projeto, na Câmara Legislativa do DF, para criar o Dia da Memória das Vítimas do Comunismo.

Cerrado destruído

Lula embarcou para a Região Norte onde participa da Cúpula da Amazônia. Na mala, recorde de desmatamento no Cerrado: 16,5% maior, aponta relatório do Deter. Dizem que na Amazônia está tudo bem…

Piso maior

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), assinou decreto que reajusta o piso regional do Estado, que segue com o maior salário-mínimo regional do País, as faixas vão de R$ 1.749,02 a R$ 2.017,02.

Veja bem

José Rainha, que negou ter atuado em campanha de uma deputada do Psol, voltou atrás após ser pego no pulo pelo relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP), que exibiu vídeo do líder invasor pedindo votos.

Pensando bem…

…ritmo legislativo é tão previsível quanto aliança política.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO

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