Presidente da Colômbia diz que não intervirá na prisão do filho

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A ex-esposa de Nicolás Petro também foi presa

Nicolás Petro e ex-mulher Daysuris Vásquez Foto: EFE/Mauricio Dueñas

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou neste sábado que “não vai intervir ou pressionar” as decisões do Ministério Público após a prisão de seu filho Nicolás, investigado por possível crime de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.

– Como pessoa e como pai, me dói muito tanta autodestruição e o fato de um dos meus filhos ir para a cadeia; como presidente da República, asseguro que o Ministério Público tem todas as garantias da minha parte para proceder de acordo com a lei – disse o presidente em sua conta no Twitter.

ENTENDA O CASO
Neste sábado (29), a Promotoria prendeu Nicolás Petro, filho mais velho do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que é deputado da Assembleia do Departamento do Atlântico sob acusações de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.

O Ministério Público informou que as prisões ocorreram em cumprimento às disposições da 16ª Vara Criminal Municipal com Função de Controle de Garantias de Bogotá.

Além de Nicolás, sua ex-mulher Daysuris Vásquez, também foi presa. Foi ela quem fez denúncias contra ele no início deste ano, dizendo que o filho de Gustavo Petro recebeu uma grande quantia de um traficante de drogas para a campanha do atual presidente e ficou com o dinheiro.

No comunicado, a Promotoria diz que ele foi preso “pelos crimes de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito e Daysuris del Carmen Vásquez Castro pelos crimes puníveis de lavagem de dinheiro e violação de dados pessoais por fatos ocorridos desde 2022 até à data”.

– Os capturados serão colocados à disposição de um juiz criminal municipal com a função de Controle de Garantias, a quem será solicitado que dê legalidade aos procedimentos de busca, captura e apreensão de provas materiais – diz a nota.

Em 21 de março, a Promotoria anunciou que estava investigando criminalmente Nicolás Petro por suas supostas reuniões com narcotraficantes na prisão e por “possível lavagem de dinheiro”.

A ex-mulher do filho de Petro garantiu no início daquele mês em entrevista à revista “Semana” que o traficante de drogas Samuel Santander Lopesierra, conhecido como “o homem Marlboro”, deu a Nicolás Petro “mais de 600 milhões de pesos (cerca de R$ 721,8 mil) para a campanha do papai”.

De acordo com a agência EFE, o dinheiro ficou com Nicolás e não foi entregue legalmente para a campanha presidencial de seu pai. A mulher disse também que outros 200 milhões de pesos (aproximadamente R$ 240 mil) também foram entregues ao filho do presidente, desta vez pelo empresário Alfonso “Turco” Hilsaca, e a quantia também não foi repassada.

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