Petista deve ser operado em outubro por problema no quadril
Lula Foto: EFE/André Borges
A artrose no quadril que deve levar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à mesa de cirurgia, provavelmente em outubro, é o segundo problema de saúde a afetar a agenda do chefe do Executivo em seus sete meses de terceiro mandato. Antes disso, em março, Lula adiou, por alguns dias, uma viagem à China por causa de uma pneumonia. Aos 77 anos, ele é o presidente mais velho que o país já teve, e sua saúde é motivo de preocupação.
Na manhã do último domingo (23), Lula foi submetido a uma infiltração na região do quadril. Isso significa que um anestésico foi aplicado diretamente na articulação, com o objetivo de amenizar as dores. A osteoartrose é caracterizada pelo desgaste das cartilagens articulares, que são os tecidos que revestem a extremidade dos ossos. No caso de Lula, o problema é na articulação do fêmur [o osso da coxa] com o quadril.
Em sua live semanal, na última terça (25), o presidente disse que irá esperar até outubro para fazer a cirurgia, porque pretende cumprir compromissos internacionais, como a reunião dos Brics, na África do Sul, em agosto, e o encontro do G-20, na Índia, em setembro. No início deste mês, o desconforto o fez cancelar a participação na festa junina do PT.
Lula afirmou que quer passar pelo procedimento para aliviar a dor. Ele disse que sente desconforto no osso há tempos, e que isso afeta seu humor.
– Você fica uma pessoa chata – destacou.
Em maio, durante evento em Salvador, Lula declarou que vinha tomando injeções diárias para a dor.
– Já não resolve.
Em fevereiro deste ano, o petista chegou a realizar exames no Hospital Sírio-Libanês de Brasília, após se queixar de um incômodo na barriga e no quadril, que surgiu depois que voltou para sua rotina de exercícios físicos. As atividades físicas variavam entre caminhadas na esteira, musculação e esportes, como boxe.
HISTÓRICO
O histórico de saúde do presidente inclui hipertensão – uma crise de pressão alta o levou ao hospital em 2010, quando exercia seu segundo mandato – e um tumor na laringe, diagnosticado em 2011. Em 2013, o serviço médico que o acompanhava anunciou a remissão total do câncer.
Na campanha do ano passado, o então candidato chegou a cancelar compromissos por uma leucoplasia na garganta, que prejudicava as pregas vocais. De acordo com boletim médico, foi verificada a ausência de neoplasia, ou seja, não se tratava de tumor maligno.
*AE