Aras deve ‘intermediar’ relação entre STF e Planalto

Coluna do Cláudio Humberto

Aras deve ‘intermediar’ relação entre STF e Planalto. Foto: Rosinei Coutinho/STF

É lorota a nota do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a reunião do seu presidente com o procurador geral da República. O tal “diálogo permanente entre as duas instituições” e outras obviedades quase não foram tratadas. Falaram por 50 minutos sobre a crise que atingiu sua temperatura mais alta no “rompimento” declarado por Fux, ao cancelar reunião com outros chefes de poder. A Aras restou o papel inescapável de “intermediário informal” na relação entre os chefes dos poderes.

O pacificador

Aras é mestre do relacionamento, elegante e gentil, e inspira respeito no Planalto e no STF. Por isso deve evoluir à condição de “pacificador”.

Quem começou

A origem na briga entre Jair Bolsonaro e o STF mais parece a velha discussão sobre quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha.

Ovo ou a galinha?

O STF acha inaceitável Bolsonaro agredir ministros. O governo acha que o STF começou as hostilidades, “cassando” prerrogativas do presidente.

O jogo é político

O STF acusa o presidente até de “crimes” não previstos no ordenamento jurídico: “difundir fake news” e “uso indevido de órgãos de comunicação”.

Brasil bate 150 milhões de doses aplicadas

O Brasil ultrapassou, na sexta-feira (6), as 150 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas na população. O número equivale a cerca de 95% do público-alvo da campanha nacional de imunização, que teve início em 17 de janeiro, de pouco mais de 158 milhões de brasileiros adultos. Desses, cerca de 45 milhões de brasileiros estão completamente imunizados com duas doses ou com a dose única da vacina Janssen.

População geral

Mais de 52,5% da população geral, que inclui crianças e adolescentes, já recebeu ao menos uma dose de vacina.

Imunizados

O Mato Grosso do Sul é o estado que mais imunizou sua população: 34,6% receberam duas doses ou a dose única Janssen.

Primeiras doses

São Paulo é o estado que mais aplicou primeiras doses de vacinas; mais de 39,3 milhões. Mais de 61% da população recebeu uma dose.

A bola está com a Câmara

O presidente da Câmara, Arthur Lira, agiu como presidente de poder, ao determinar que será o plenário quem vai decidir sobre impressão voto, e não o presidente da República ou ministros do STF e do TSE.

Melancia no pescoço

Para imitar países europeus, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), pretende exigir de visitantes duas doses de vacina, como se no Estado estivessem os únicos brasileiros integralmente imunizados.

Precisa ser estudado

Ministros de cortes supremas, mundo afora, devem estar perplexos com a participação de ministros do nosso Supremo de evento reunindo opositores do governo. O Brasil, de fato, não é para principiantes.

Jogada eleitoral

O governo paulista divulgou calendário com antecedência de até sete semanas, sem a garantia de que haveria vacinas. Como as doses não se materializaram na data “prevista”, culpou o Ministério da Saúde. E ontem o governador João Doria mudou a versão. Agora há vacinas.

Negativa unânime

O deputado Ricardo Barros (PP-PR) divulgou interessante levantamento, baseado nas notas taquigráficas da CPI, mostrando que todas as testemunhas negaram seu envolvimento com a negociação de vacinas.

Mal na foto

Resultados preliminares de pesquisas para 2022 indicam que senadores da cúpula da CPI da Pandemia não estão lá muito bem na foto, em seus Estados, ainda que grande parte dos entrevistados seja antibolsonarista.

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