O ex-ministro afirmou que a Amazônia está dividida em três Estados paralelos
A declaração de Rebelo foi feita nesta terça-feira (11) durante depoimento na CPI das ONGs. Foto: Pedro França/Agência Senado.
Mael Vale
O ex-deputado federal e ex-ministro das gestões dos petistas Lula e Dilma, Aldo Rebelo, afirmou que “se surpreendeu negativamente” com a situação de Organizações não Governamentais (ONGs) na Amazônia.
A declaração de Rebelo foi feita nesta terça-feira (11) durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, que investiga falcatruas das organizações com dinheiro público no território amazônico.
O ex-ministro disse que, atualmente, a Amazônia se divide em três Estados paralelos:
- Primeiro Estado: “O oficial, das prefeituras, Estados e União, com suas agências e órgãos. Ele é anêmico, débil e deficitário em tudo”.
- Segundo Estado: “Do crime organizado e narcotráfico, espalhando seus tentáculos pela Amazônia inteira, dominando os rios como vias de acesso para o tráfico nacional e internacional e ampliando seu poder social e econômico”.
- Terceiro Estado: “O mais importante e dominador. É o estado paralelo das ONGs, governando a Amazônia de fato, governando com o auxílio do Estado formal brasileiro, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ibama, da Funai, desse ministério que criaram agora dos povos indígenas, esse consórcio de agências do Estado brasileiro”.
Segundo Aldo, o fundamento das organizações é garantir interesses de outros países na floresta.
“Essas ONGs são apenas um instrumento, os interesses que elas representam estão lá fora. Se alguém perguntar se isso não é teoria da conspiração, a história da Amazônia é de conspiração, a Amazônia é cobiçada antes de ser conhecida”, afirmou.
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