Justiça da Guatemala suspende resultado oficial das eleições

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Suprema Corte acatou o pedido de nove partidos políticos

Manifestantes na Guatemala Foto: EFE/ Esteban Biba

A mais alta Corte da Guatemala suspendeu a divulgação dos resultados oficiais das eleições neste domingo (2), concedendo uma liminar temporária a dez partidos que contestaram os resultados da votação de 25 de junho. O Tribunal Constitucional convocou uma nova audiência para revisar as contagens contestadas em no máximo cinco dias.

Sandra Torres e Bernardo Arévalo emergiram de um grupo de quase duas dezenas de candidatos presidenciais na primeira rodada de votação. Como nenhum deles chegou perto da marca de 50%, esperava-se que competissem em um segundo turno em 20 de agosto para determinar o próximo presidente da Guatemala.

Arévalo, em particular, do partido progressista Movimento Semente, foi uma surpresa, pois não estava entre os principais candidatos nas pesquisas. Torres, candidata do partido conservador UNE, faz sua terceira tentativa de chegar à presidência.

Essencialmente, a Corte quer comparar as contagens inseridas no sistema eleitoral com as das próprias seções eleitorais para garantir que sejam correspondentes. Se necessário, a Corte disse que ordenaria uma nova contagem dos votos contestados.

REAÇÕES
O advogado constitucionalista Alejandro Balsells afirmou que uma recontagem deve ser evitada em prol do processo. As mesas temporariamente formadas que contam os votos em cada seção eleitoral no dia da eleição são as que devem prevalecer.

Entre os partidos que contestam os resultados estão aqueles de três candidatos que estavam entre os líderes antes do dia da eleição, mas acabaram recebendo menos de 8% dos votos cada um. No entanto, o partido de Torres também solicitou uma revisão das contagens de votos.

Dezenas de pessoas protestaram do lado de fora do tribunal no sábado à noite, exigindo que seus votos sejam respeitados e não determinados pelos tribunais. Arévalo estava entre eles e disse: “Junto com o povo, não vamos permitir que eles fraudem a vontade do povo guatemalteco”.

*AE

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