O aviso foi feito pelo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, em rede nacional de televisão, enquanto manifestantes protestavam contra o governo nas ruas de Havana e em outras cidades da ilha.
“Estamos convocando todos os revolucionários do país, a todos os comunistas, que saiam às ruas de qualquer lugar onde vão produzir essas provocações. Hoje, a partir de agora, enfrentem-nos com decisão, com firmeza, com valentia. (…) Não permitiremos que ninguém manipule nossa manifestação”, declarou. “Nós não entregaremos a soberania, a independência, a liberdade desta nação. Aqui, ratifico: temos muitos revolucionários neste país que estão dispostos a dar a vida, por convicção. Terão que passar por cima de nossos cadáveres se querem enfrentrar a nossa Revolução”, advertiu, ao culpar os Estados Unidos.
Os primeiros protestos sem precedentes começaram em San Antonio de Los Baños, a 33km de Havana, e se espalharam por outras cidades. Aos gritos de “Não temos medo” e “Abaixo a ditadura”, os manifestantes foram reprimidos pelas forças de segurança. A ilha socialista enfrenta a pior crise econômica em três décadas, agravada pela pandemia da covid-19. Ontem, Cuba registrou recorde de infecções pelo Sars-CoV-2, com 6.923 casos, além de 47 óbitos. Até o fechamento desta edição, o país contabilizava 238.491 infecções e 1.537 óbitos.
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