Coube ao governo da petista Dilma a instalação de grades na praça dos Três Poderes, para conter participantes de eventuais protestos. (Foto Cláudio Humberto/Diário do Poder)
Cláudio Humberto
Durou menos de um mês o factoide demagógico do presidente Lula, datado de 10 de maio passado, quando ordenou a retirada das grades de ferro que cercavam o Palácio do Planalto e até impediam que pedestres utilizassem livremente sua calçada. As grades estão de volta, inclusive isolando a calçada, apesar da declaração de Lula, ao lado da primeira-dama, decretando que “democracia não exige muro”. O obstáculo para impedir aproximação de cidadãos foi instalado no seu primeiro governo.
Lorota de pernas curtas
Além de citar a lorota do muro etc., Lula disse em 10 de maio que a retirada da grade tinha o simbolismo: “a democracia voltou neste país”.
Grades na praça
Coube ao governo da petista Dilma a instalação de grades na praça dos Três Poderes, para conter participantes de eventuais protestos.
Feito, mas seguro
A demagogia tinha pernas curtas: especialistas em segurança acham o Planalto muito vulnerável a invasões, como se viu em 8 de janeiro.
Água que protege
Após tentativas de invasão até com ônibus, um espelho d’água projetado pelo próprio Oscar Niemeyer foi construído durante o governo Collor.
Ministro André Mendonça Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
Vista dá chance ao STF de reconsiderar desatino
O pedido de vistas do ministro André Mendonça na ação que pretende acabar com o marco temporal da demarcação de terras indígenas, fixado na Constituição, confere a ministros do STF, que apoiam o desatino, a reconsiderarem o que deve instaurar a insegurança jurídica e deflagrar conflitos violentos, no campo e nas cidades. Magistrado admirado desde sua passagem no Tribunal Regional Federal de SP, Fábio Prieto adverte que “nenhuma terra – urbana ou rural – estará a salvo”.
Pausa para reflexão
Decisão da presidente do STF, Rosa Weber, estabelece que ministros têm até 90 dias para devolver o processo após pedido de vistas.
Legislativo discute
Está no Senado o projeto que reafirma a promulgação da Constituição como a “data-base” para a demarcação de terras indígenas.
Outro caminho
Se o Senado aprovar a lei nos próximos 3 meses, a discussão no STF pode perder validade.
Culpa da marvada
Foi cachaça, disse um deputado do PT-BA sobre a estapafúrdia declaração do “primeiro-ministro” de Lula sobre Brasília. Segundo relato do parlamentar, o baiano “se empolgou” com a caninha.
Amigo do peito
No dia nacional da liberdade de imprensa, o ex-vice-presidente Hamilton Mourão lembrou que “em regimes totalitários como o da Venezuela [do Nicolás Maduro, amigão de Lula] não há liberdade de imprensa”.
Sopa de letrinhas
Ex-deputado e presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire comprou briga com a lacrosfera na internet, após se surpreender com o tamanho da sigla LGBTQIAPN+: “daqui a pouco é todo o alfabeto”.
Não foi
Ausência notada, mas não sentida, na ida de Lula a Pernambuco foi a do ex-governador Paulo Câmara, atual chefão do Banco do Nordeste. Câmara não fez sucessor, saiu brigado com correligionários e opositores.
Lula Balela
Sobre as críticas lulistas ao programa Farmácia Popular sob a gestão Bolsonaro, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou: “Todos conhecemos o Mandela. Esse outro [Lula] é o Balela…”.
Triste notícia
A morte do embaixador João Clemente Baena Soares, ontem, no Rio, fez lembrar como o Brasil materializou diplomatas de primeiro nível em todo o mundo ao longo da História. Baena Soares foi secretário-geral da OEA.
Nem aí
O percurso que Lula sobrevoou de helicóptero, por 24 vezes nos últimos cinco meses, entre o Alvorada e a Base Aérea de Brasília, não demora vinte minutos se percorrido de carro, menos poluente e mais barato.
Ioiô
A disputa pela vaga de Deltan Dallagnol na Câmara dos Deputados tem um novo capítulo. O STF derrubou decisão do TRE-PR que dava a vaga para o Itamar Paim (PL). O cargo fica com Luiz Carlos Hauly (Podemos).
Pensando bem…
…aumentar o preço do combustível de helicópteros, nem pensar.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO