‘Congresso é conservador e não é obrigado a votar com o governo’, diz Lira

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Para ele, o parlamento eleito não é “progressista de esquerda”

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Juliana Pimentel

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (5) que o Congresso Nacional é “conservador e liberal”, e não é “obrigado a votar com o governo”. A declaração foi feita depois de o deputado se encontrar com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta manhã.

“O Congresso não é um Congresso que foi eleito progressista de esquerda. É um Congresso reformador, liberal, conservador, que tem posicionamentos próprios”, disse em entrevista à emissora CNN Brasil.

Segundo Lira, Lula tem articulado para que sejam aprovados os projetos de interesse do governo, apesar da derrotas petistas no Congresso.

Na avaliação do deputado, a realidade do Congresso não é mais a mesma do que a de 20 anos atrás. Para ele, os congressistas sofrem influência direta dos seus eleitores.

“O governo precisa se mobilizar, a articulação precisa estar mais atenta e eu penso que dentre todas essas articulações o governo vai, a partir de hoje, com a participação do presidente Lula, ter uma participação mais efetiva na construção dessa base mais sólida”, falou.

Na semana anterior, Lira havia criticado a falta de apoio do governo Lula na Câmara diante das dificuldades para aprovar medidas provisórias dos ministérios. Ainda de acordo com ele, o governo vem acumulando vitórias em pautas nas quais o pleito se comprometeu a votar.

“Líderes, por exemplo, do PSDB, do Cidadania, do União Brasil, do Progressistas, do Republicanos, que em tese são partidos que têm lá algumas dificuldades, têm dado os votos necessários para o governo”, afirmou Lira.

Sobre a reforma tributária, o presidente da Câmara pontuou que o tema deve ser focado. “Eu pedi envolvimento do governo e o presidente tem interesse nessa matéria. Nós combinamos que ela tem que ir ao plenário da Câmara ainda nesse semestre, antes do recesso parlamentar”.

DIÁRIO DO PODER

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