Ele sugere que o ministro ande na cidade ao invés de sair do avião e ir direto para o Palácio
Empresário Adeilson dos Reis Macedo e deputado Rafael Prudente
Francine Marquez
O deputado Federal Rafael Prudente (MDB-DF) aproveitou a visita que fez neste domingo (4), a Feira do Guará, para rebater as críticas do Ministro da Casa Civil, Rui Costa que chamou Brasília de “Ilha da Fantasia”.
O parlamentar encontrou vários moradores de Brasília revoltados com as declarações do ministro. Rafael Prudente sugeriu que o ministro conheça melhor a cidade antes de declarar qualquer coisa.
“Ministro Rui Costa, Brasília não é uma Ilha da Fantasia como o senhor disse, quero convidá-lo a conhecer nossa cidade, o Sol Nascente, o Guara, a Estrutural, São Sebastião … Talvez o senhor não conheça mesmo, pois vêm do estado da Bahia de avião da FAB, desembarca ali no aeroporto e vai direto para o Palácio, venha aqui conhecer efetivamente a realidade do nosso povo”, rebateu Rafael Prudente.
Durante a visita a feira, o deputado encontrou Adeilson dos Reis Macedo, ele é empresário e nasceu na Bahia, estado que foi governador pelo ministro Rui Costa, mas mora em Brasília há mais de 30 anos. Adeilson reclamou do descaso dos governadores da Bahia com a população.
“Falta água no oeste da Bahia, problemas de infraestrutura, estradas, faltam itens básicos e vêm o ministro chamar Brasília de Ilha da Fantasia? Ele deveria conhecer melhor nossa cidade, inclusive os mais de 300 mil baianos que moram aqui”, disse o empresário.
As declarações ocorrem em resposta a manifestação do chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre Brasília durante participação em evento na Bahia, na última sexta-feira (2).
“Eu chamo aquilo de ilha da fantasia. Aquele negócio de colocar a capital longe da vida das pessoas, na minha opinião, fez muito mal ao Brasil”, disse. “Era melhor ter ficado no Rio de Janeiro ou ter ido para São Paulo, Minas ou para a Bahia. Para que quem fosse entrar num prédio daquele ou na Câmara dos Deputados ou no Senado, passasse antes de chegar no seu local de trabalho, numa favela, debaixo de um viaduto, com gente pedindo comida, com gente desempregada porque ali as pessoas vivem numa ilha ilusória, numa bolha de fantasia”, discursou.
DIÁRIO DO PODER