Sindicância foi instaurada para apurar agressões durante visita de Nicolás Maduro
A jornalista Delis Ortiz | Foto: GloboNews/Reprodução
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) identificou o segurança apontado como agressor da jornalista Delis Ortiz e informou que ele pertence a uma organização militar do Exército Brasileiro. Segundo a coluna de Lauro Jardim, de O Globo, o militar estava trabalhando em serviço coordenado pelo próprio GSI. O nome do suposto agressor ainda não foi divulgado.
Delis, jornalista da Rede Globo, em Brasília, foi agredida na terça-feira 30, durante a visita do ditador Nicolás Maduro ao Brasil. Outros jornalistas também foram agredidos na mesma ocasião. A profissional disse que um segurança do GSI desferiu um soco em seu peito.
Na quarta-feira 31, o GSI abriu uma sindicância para apurar o episódio e vai tomar depoimentos dos envolvidos, incluindo Delis. A investigação também vai analisar as imagens disponíveis para averiguar se há indícios de transgressão disciplinar ou eventual crime na agressão à jornalista durante entrevista a Nicolás Maduro.
O Exército afirmou que afastou os militares cedidos à segurança presidencial e presentes no episódio até o término do processo investigativo. O efetivo do evento foi de 193 militares, incluindo a área externa.
No programa Estúdio I, da GloboNews, Delis contou que foi atingida por um segurança de Maduro e um do GSI. “Levei uma braçada no pescoço de um segurança do Maduro. Um menino de uns 19 anos ainda me deu um soco, um dos GSI”, contou. “Soco no peito, na parte da cartilagem, que prende a respiração da gente, eu levei um susto. E eu ainda tenho uma prótese por causa de mastectomia, a impressão que deu é que explodiu tudo dentro de mim.”
REVISTA OESTE