Custos para um país sediar uma Olimpíada

Olimpíadas

Confira a charge de Jota A publicada na edição desta quarta do Jornal O Dia  - Jota A! - Portal O Dia

É inacreditável, mas é verdadeiro. Estamos presenciando uma Olimpíada muito bem organizada, a do Japão, um país que sempre é citado no rol dos que mantêm seriedade nas suas atitudes e com extremo cuidado com suas finanças.

A Olimpíada que estamos presenciando é padrão de organização e, também, de contenção de despesas, mesmo que esteja sendo disputada sob os rigores da atual pandemia do Covid-19.

A maioria dos integrantes das pessoas que de uma maneira ou de outra colaboram para o brilho do evento, o faz gratuitamente e, pasmem, há até os que levam lanches e refeições para diminuição dos custos. Isto é que é um povo solidário com sua Nação!

A Olimpíada anterior, patrocinada pelo Brasil, nos custou à bagatela de 900 milhões de dólares, um absurdo e uma sangria nos cofres públicos brasileiros. A atual, no Japão, onde os atos públicos são respeitados, estão sendo gastos 29 milhões de dólares, ou seja, 31 vezes menos que o Brasil. Uma acachapante vergonha para nós, brasileiros. Para onde foi tanto direito, minha gente. Por essa e muita outras, é que este país não está classificado entre as primeiras nações do mundo.

Não há, sob nenhum aspecto, uma explicação para tamanho desperdício de dinheiro. A não ser que impere a conclusão óbvia, de que muita gente “meteu a mão no bolso”, ora se meteu! E quem meteu, não pagou, nem pagará, pois neste país a impunidade é incurável. Um câncer degenerativo e exorbitantemente implacável.

Antes, para os que têm boa memória, na Copa do Mundo que patrocinamos, os estádios para ela construídos foram todos, sem nenhuma exceção, generosamente superfaturados e até hoje ninguém foi responsabilizado. Somos o país que mais protege essa escória, que constantemente sangra os cofres nacionais.

Há casos em que sindicâncias abalizadas acusaram desvios de até 400 milhões de reais numa única arena para disputa da Copa do Mundo, e há outras arenas edificadas em cidades inexpressivas para a prática do futebol, que se tornariam, com o correr do tempo, os chamados “cemitérios do futebol”.

Vivemos uma etapa decisiva na nossa política, fato que influencia todos os problemas que vivenciamos. Ou o Brasil escolhe o caminho certo para definir que sua política econômico-financeira atual, ditada por gestões sérias que priorizem o rigor dos nossos gastos, ou voltaremos ao antigo patamar, quando o desperdício e a roubalheira eram práticas corriqueiras dos mandatários.  Copa do Mundo e Olimpíadas que patrocinamos, bem que poderiam servir de alerta a todos os brasileiros.

Itapuan Cunha

Editor

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