Briga de ministros pelo espólio de Lula trava o governo petista

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Lula com seus ministros Foto: Ricardo Stuckert/PR

Cláudio Humberto

O presidente Lula tem sido aconselhado a admitir candidatura à reeleição ainda que o não seja, só para aplicar “freio de arrumação” nos ministros que se engalfinham para sucedê-lo como se a disputa fosse este ano. Fernando Haddad (Fazenda) briga com Alexandre Padilha (articulação), que briga com Rui Costa (Casa Civil), que briga com todos. Há outros menos votados na desordem, tipo Paulo Pimenta (Comunicação) e, claro, Gleisi Hoffman. Cada um quer o lugar de Lula no PT e no Planalto.

Guerra pelo espólio

O confronto tem a ver com a idade avançada de Lula e o temor de que o partido tende a se fragmentar sem a sua liderança, e até acabar.

Governo paralisado

Políticos experientes como o presidente da Câmara, Arthur Lira, estão preocupados com o governo travado pela disputa de egos dos ministros.

Favorito virou alvo

Há ministros negligenciando a defesa do arcabouço fiscal só para ajudar a impor uma derrota política a Haddad, aparentemente o favorito de Lula.

Arrogância não dá

Haddad, por sua vez, é criticado na própria “seita” pela atitude arrogante de cobrar dos rivais a adesão incondicional a seu projeto político.

O presidente da Câmara lembrou que o Senado é a Casa da Federação e deve cuidar de questões do STF, cujos ministros sabatina e aprova.

Sobre Moraes, Lira pede autocontenção dos Poderes

Em entrevista nesta segunda (15) à Rádio Bandeirantes e TV BandNews, o deputado Arthur Lira não evitou temas delicados e, com elegância, defendeu “relação harmônica e respeitosa” e “autocontenção dos Poderes”, ao ser indagado sobre as queixas de que o ministro do STF Alexandre de Moraes tem extrapolado e confrontado prerrogativas parlamentares. Para Lira, “a autocontenção é importante para o equilíbrio da democracia”, mas lembrou o papel do Senado nessa discussão.

Pedala, Senado

O presidente da Câmara lembrou que o Senado é a Casa da Federação e deve cuidar de questões do STF, cujos ministros sabatina e aprova.

Solução legislativa

Arthur Lira também está convencido de colocar cada um dos Três Poderes em seu quadrado passa por solução legislativa. E consensual.

Recuo exagerado

Ele admitiu o “recuo exagerado do Poder Legislativo” diante dos avanços do Judiciário em suas prerrogativas, após a criminalização da política.

Recados a granel

Foi tão importante a entrevista de Arthur Lira ao programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes e TV BandNews, nesta segunda (15), que os dez principais sites de notícias escolheram manchetes totalmente distintas.

Teoria malandra

Para quem chefiou um governo marcado pelo mensalão e o outro pelo petrolão, subornando parlamentares, virou piada na oposição o discurso de Lula no Ceará, dias atrás, defendendo “liberdade e independência” nas votações do Congresso. Na prática, sua teoria é outra.

Oposição para quê?

O senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, partido de Arthur Lira (AL), admitiu ontem ao programa “Pânico” sua inveja “do tanto que a [presidente do PT] Gleisi Hoffmann ataca o atual governo [Lula].”

Destruição do Sesc/Senac

Petição pública contra a proposta de José Guimarães (PT-CE) que desvia 5% da arrecadação do Sesc e do Senac para a Embratur já soma 526 mil assinaturas. As entidades dizem que o valor passa os R$260 milhões e vai comprometer a oferta de cursos e serviços à população.

Nem pão, nem circo

Após ter de encarar a taxação do Shopee, Shein e a alta na picanha, o pagador de impostos viu ontem o senador Kajuru (GO), do PSB do vice de Lula, Geraldo Alckmin, pedir a suspensão do futebol no Brasileirão.

Ele de novo

Velho conhecido das páginas policiais, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares viaja pelo País. Esteve em Pernambuco na última semana e não descartou eventual candidatura. É a volta de mais um petista enrolado.

Perdão cara-de-pau

A Câmara deve tentar aprovar nesta terça medida que “perdoa” partidos punidos com multa, pela lei eleitoral nas últimas eleições. Tem de tudo na anistia; do desrespeito à cota feminina a prestações de contas fajutas.

Dilmices, 11

Há 11 anos, em solenidade para abrir sua Comissão da Verdade, a então presidente Dilma (PT) chamou o saudoso ministro Gilson Lângaro Dipp, do STJ, de “sr. Dipp Lângaro” do “Supremo Tribunal de Justiça [sic]”.

Pensando bem…

…conselho das fake news, conselhão do governo, conselho de combate à corrupção, ouvido moucos.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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