Reajuste proposto passa de 44% para 9%, mas apenas por enquanto
Se tivesse sido aprovado, salário de Jean Paul Prates seria de mais de R$165 mil.
Rodrigo Vilela
O goveeno mandou barrar a proposta de reajuste de 43,88% do salário do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e dos diretores da empresa, na tentativa de conter o desgaste político com a pretendida remuneração de marajás.
A reviravolta ocorreu na assembleia geral de acionistas desta quinta-feira (27), onde o representante da União, designado pelo Planalto, que representa a maior parte dos votos, recomendou a rejeição do aumento de 43,88%, que elevaria o salário de Prates para mais de R$165 mil.
Com poder de decidir sozinha no conselho, a União apresentou e aprovou um reajuste menor, de 9%. A recomendação do novo valor foi da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest).
Ainda assim, receberá um salário muito expressivo o ex-senador que assumiu a presidência da estatal, apesar da proibição prevista na Lei das Estatais. Seu salário saltará de quase R$116mil para mais de R$130 mil mensais.
Em nota, Prates negou que tenha sido o autor da proposta do aumento salarial, mas não explicou por que não abriu mão do supersalário proposto, até para evitar a saia justa criada pelo veto do Planalto.
DIÁRIO DO PODER