Deputado André Fufuca (PP-MA). Foto: Agência Câmara
Cláudio Humberto
O deputado André Fufuca (PP-MA) está em campanha para assumir a relatoria da CPI Mista do 8 de janeiro, no Congresso. Ele é ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a quem caberá a escolha, mas a fila é grande. O PT quer o controle do colegiado, para eliminar riscos de aprofundamento das investigações, e ainda exige o posto de relator, para além da presidência. O escândalo dos vídeos sugerindo a participação do governo Lula no vandalismo tornou a CPMI inevitável.
Esqueçam o que falei
Antes empenhado em impedir a CPMI, com o presidente do Senado fazendo manobras para evitá-la, o governo Lula mudou de posição.
Objetivo é ‘melar’
Para o senador Eduardo Girão (Pode-CE), a mudança de curso do governo em relação à CPMI objetiva “melar as investigações”.
Como no mensalão
Como a CPMI ficou incontornável, o governo resolveu investir pesado, como nos tempos do mensalão, para garantir sua maioria e o controle.
Quem irá definir
Após a leitura do requerimento da CPMI, quarta (26), os líderes dos blocões definirão seus representantes no colegiado.
Foto: Pablo Valadares/Câmara
CPI do Dia 8 prova a força de Lira e dos ‘blocões’
Após a desistência do governo Lula (PT) de tentar barrar a CPI mista que vai investigar os atos de 8 de janeiro, a principal disputa no Congresso é pela divisão de cargos na comissão. Lulistas apostam em fazer maioria e controlar a CPI, mas isso depende de bancadas e blocos partidários, além de consenso entre os líderes. A oposição considera a comissão um “instrumento da minoria” e não abre mão de cargos estratégicos na CPI.
Xadrez de holofote
Maiores forças da Câmara, blocões (e Lira) controlam cargos da Câmara na CPMI. O governo aposta nos cargos do Senado, onde é maioria.
Composição
O presidente da CPMI, que controla o ritmo da comissão, e o relator, que controla o resultado da investigação, serão um deputado e um senador.
Mudança estratégica
Até o governo Lula II, cabia ao partido que propôs a criação da CPI a relatoria ou presidência da comissão. Ele acabou com isso.
Bolsa na Europa
A primeira-dama Janja levou para Portugal sua bolsa Celine de mais de R$21 mil, com a qual desembarcou em Lisboa. O acessório, estreado na visita de Lula a Joe Biden, nos EUA, não apareceu na China.
Óleo de peroba
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já garantiu o Prêmio Óleo de Peroba 2023 com sua mudança de discurso. Após fazer o diabo para impedir a CPMI do Atos do Dia 8, agora prometer instalar a comissão e diz até que o governo deveria ter apoiado a CPMI “desde o início”.
A crise viaja
Com a crise instalada no Brasil, o presidente Lula procura o que fazer no exterior. Está em Portugal e deu um jeito de ir a Madri para esticar sua ausência por seis dias. Vai também à coroação do Rei Charles III, dia 6.
Ele pode?
A deputada Rosângela Moro (União-SP) reagiu a Lula (PT), que chamou deficiência intelectual de “desequilíbrio de parafuso”: “É inaceitável um chefe de Estado usar termos capacistas e preconceituosos”, disparou.
Oi, sumido
“Amigos” sumidos da governadora de Pernambuco, Raquel Lira (PSDB), estão reaparecendo de olho na vaga que vai abrir no Tribunal de Contas do Estado. Até agora, ela só diz que prefere nomear uma mulher
Espelho meu
O anúncio de Cláudio Cajado (PP-BA) como relator do projeto da nova regra fiscal, na sexta-feira (20), não foi surpresa para os leitores da coluna, que sabem disso desde o início do mês.
La vie en rose
Os ministros do STJ Ricardo Villas Boas Cueva e Marco Buzzi, além da advogada Ana Tereza Basílio, ex-TRE-RJ, encontraram o casal Ricardo e Yara Leoni Lewandowski no exclusivo Le Cinq, restaurante do Hotel George V, em Paris (França), um dos melhores da Europa.
Conforme a música
O discurso “verde” de Lula, de olho na grana prometida pelos EUA para o Fundo Amazônia, é bem diferente de outra ladainha que não tem nem três meses, quando prometeu financiar um poluente gasoduto argentino.
Mês do descobrimento
Além do descobrimento do Brasil e do ministro de Lula na quebradeira do Palácio do Planalto, o que mais falta descobrir em abril?
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO