Em ato inédito, comissão aprova Moção de Repúdio contra Lula

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Deputados alegam que o presidente faltou com decoro após falas sobre a operação Sequaz da PF

O documento enviado pelos paramentares declara que a fala de Lula é desrespeitosa e desmoraliza a credibilidade da Polícia Federal, do Senador Sérgio Moro e das autoridades ameaçadas. (Foto: Divulgação).

Mael Valle

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) aprovou nesta quarta-feira (29) uma Moção de Repúdio contra o presidente Lula. No documento enviado por deputados da oposição, foi alegado que o petista faltou com decoro após declarar que era “armação de Moro” a operação realizada pela Polícia Federal (PF). O colegiado é presidido pelo deputado federal Sanderson (PL-RS).

Esse é o primeiro repúdio aprovado pelo Parlamento na história da República.

A fala de Lula foi em referência à operação Sequaz, da PF, que desmontou um esquema da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que pretendia sequestrar e matar autoridades do país, incluindo o senador e ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro (UNIÃO-PR). O senador virou alvo dos criminosos após publicar uma portaria, quando ainda era ministro da Justiça, colocando fim em regalias nos presídios federais, como visitas íntimas.

Os autores do requerimento foram os deputados federais, Silvia Waiãpi (PL-AP), Tenente Coronel Zucco (REP-RS), e Gilvan da Federal (PL-ES), o documento também contou com as assinaturas dos deputados, Hélio Lopes (PL-RJ), General Pazuello (PL-RJ), Coronel Ulysses (UNIÃO-AC), Coronel Telhada (PP-SP), Sargento Fahur (PSD-PR), Sargento Gonçalves (PL-RN), Coronel Meira (PL-SP), Delegado Palumbo (MDB-SP), Osmar Terra (MDB-RS), e Delegada IONE (AVANTE-MG).

O requerimento enviado pelos paramentares declara que a fala de Lula é desrespeitosa e desmoraliza a credibilidade da Polícia Federal, do Senador Sérgio Moro e das autoridades ameaçadas.

“Tal pronunciamento significa um total desrespeito à Polícia Federal e também a todas as autoridades públicas que estavam sendo ameaçadas e correndo risco de terem suas vidas ceifadas pela criminalidade […] Não podemos permitir e encarar com naturalidade a fala do presidente da República que desmoraliza publicamente aquela instituição sem que nos pronunciemos contrariamente a tal fato” , diz trecho do documento.

DIÁRIO DO PODER

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