Joesley ficou conhecido por gravar Michel Temer supostamente autorizando a compra do silêncio de Eduardo Cunha
Perto de 100 empresários estarão na comitiva que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levará à China no final deste mês. Entre os integrantes do grupo estão dois nomes que já figuraram nos noticiários em tempos recentes: os irmãos Joesley e Wesley Batista, executivos do grupo J&F, que controla a JBS, multinacional do setor de alimentos.
A informação sobre a presença dos irmãos na comitiva foi divulgada pelo jornal O Globo neste sábado (18). Joesley e Wesley são filhos de José Batista Sobrinho, fundador da JBS. Atualmente os irmãos são os acionistas controladores da companhia por meio da J&F Investimentos, uma empresa que dividem meio e meio.
Em 2017, Joesley ficou famoso por gravar o então presidente Michel Temer supostamente autorizando a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na Operação Lava Jato.
Naquele mesmo ano, os irmãos Batista fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal justamente no âmbito da Lava Jato. De acordo com Joesley, o frigorífico JBS exercia influência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do ex-ministro Guido Mantega, durante a gestão petista.
O empresário ainda relatou na época que pagava como propina uma taxa de 4% do valor de cada contrato aprovado no BNDES, assim como dos aportes financeiros feitos por meio da BNDESpar, divisão do banco que investe em participações de empresas e é acionista da JBS.
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