Com certeza, nenhuma alusão à obra de Leon Tolstói, mas sim aos 66 dias em que o Supremo não interfere no Desgoverno Federal. Um fato inédito e digno de nota.
No momento em que as virtudes foram abolidas e a safadeza tomou conta do país, nenhum Ministro togado reagiu contra as decisões estapafúrdias do “nine finger”.
Mesmo passiveis de responder a centenas de processos, os novos Ministros estão à vontade, ao ponto de indicarem suas digníssimas esposas para cargos vitalícios, com salários acima de 41.000,00, considerados exorbitantes, e, muito pior, sem necessidade de entender sequer a nova missão que vão executar. Um despropósito, digamos.
O novo Brasil está em paz com o judiciário. A verdadeira bonança, após uma luta insana para tirar de tempo um presidente que ousou insistir em andar apenas entre as “quatro linhas”.
A minoria virtual derrotou a maioria física comprovando, por A + B, que eleição não se vence, se toma. Que o crime compensa e que, a partir de agora, os dias de hoje serão infinitamente melhores que os de amanhã.
De olho fixo no retrovisor, o novo sistema de desgoverno não tem planejamento nem propostas, quer apenas exercer a vingança em sua maior instância. Um discurso de amor sem precedentes.
A economia em queda, os combustíveis subindo e o elemento “nine finger”, aconselhando aos proprietários de veículos andar a pé e tirarem o traseiro do sofá, uma medida inédita de economia.
Começa então a surgir os “jegues” arrependidos, que por total desprezo à lógica e à razão, fizeram o “L”, eles não sabiam o que estavam fazendo. Agora, já sabem.
Resta saber até que ponto o insustentável irá se sustentar.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação
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