Além da interina, outros auxiliares de Ibaneis são criticados por deslealdade
Cláudio Humberto
A Escola Classe 502, construída pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) no Itapoã Parque, região administrativa localizada a cerca de 20k do Plano Piloto de Brasília, foi inaugurada nesta terça (28) com a exclusão do nome do chefe do Executivo da placa que marca o evento.
Ainda não se sabe se a determinação foi da vice Celina Leão (PP), governadora interina do DF. Ela assumiu após o STF afastar Ibaneis do cargo por ocasião dos atos de vandalismo de 8 de janeiro, a partir da suposição, jamais confirmada, de que o governador teria se omitido.
O fato surpreendeu os meios políticos porque a vice Celina Leão (PP) tem dado demonstrações de lealdade ao governador, apesar do comportamento açodado de inaugurar obras e assumir como suas decisões e iniciativas de Ibaneis.
A placa afixada numa das paredes da Escola Classe 502 omite o nome do governador como se ele não existisse ou não estivesse apenas temporariamente afastado, apesar de ser ele o governador reeleito em primeiro turno, em outubro.
“Placa da traição”
No Palácio do Buriti, sede do governo do DF, a exclusão do nome do governador tem sido atribuída à assessoria mais íntima de Celina.
A interina não está sozinha entre as pessoas apontadas como suspeitas de traição, sobretudo aquelas que, tomadas pela vaidade, permitiram a inclusão de seus nomes na placa, em atitude que pode sugerir deslealdade a Ibaneis.
Além de Celina, estão citados na placa o secretário de Governo, José Humberto Pires, cuja referência não faz sentido, além da secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.
Na “placa da traição” a Ibaneis, como vem sendo chamada nos meios políticos, há ainda os nomes de funcionários subalternos como o administrador regional interino do Itapoã, o coordenador regional de Ensino e o diretor da Codhab, órgão executor da política habitacional do governo do DF.
DIÁRIO DO PODER