Regulação das redes sociais nivela Brasil a China, Rússia, Irã…

Destaque
Foto: José Cruz/ ABr

Cláudio Humberto

O projeto a ser enviado ao Congresso pelo Tribunal Superior Eleitoral para “regulamentar” redes sociais, tal como foi anunciado, pode nivelar o Brasil a países autoritários, de reduzido apreço por liberdades, como Rússia, China ou Irã. Democracias em geral não relativizam o exercício da liberdade, sem prejuízo a punições de crimes previstos, como calúnia. Críticos da teocracia iraniana são presos, e na Rússia de Putin cidadãos podem ser enquadrados por “crime contra a segurança nacional”.

Obscurantismo

Coreia do Norte e Turcomenistão baniram todas as redes. Em nenhum desses países a iniciativa de restringir as redes coube ao Judiciário.

Controle estatal

Na China, até o acesso a sites estrangeiros é restrito e monitorado e a norma é criar versões “nacionais”, sob controle estatal.

Multa e censura

Mas há surtos autoritários na Alemanha de Olaf Scholz e na França de Emmanuel Macron, onde internautas são sujeitos a multa e até censura.

Origem importa

No Reino Unido, o Ministério da Cultura do governo conservador tenta emplacar a “regulação” das redes sociais, mas sofre grande resistência.

Presidente Lula. Foto: Marcelo Camargo/ABr

Lula finge não saber de denúncia contra ministro

Apesar da promessa de não deixar de investigar denúncias de corrupção ou desvio de recursos contra seus ministros, o presidente Lula (PT) finge não tomar conhecimento do grave caso envolvendo seu ministro das Comunicações, Juscelino Filho, acusado de torrar R$5 milhões do ‘orçamento secreto’ para pavimentar estradas que atendem propriedades rurais da família, no Maranhão. Além disso, R$36 milhões em contratos com a prefeitura de Vitorino Freire, onde a irmã de Juscelino é prefeita, foram distribuídos a empresas de amigos do ministro, desde 2015.

Dinheiro de ninguém?

O ministro prestou contas de R$385mil em 23 viagens de helicóptero, cujos supostos passageiros negam ter feito. E nem o conhecem.

Denúncia na PGR

Diante da omissão de Lula, o deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) denunciou os casos à Procuradoria Geral da República.

Corrupção tolerada

O governo também ignorou a denúncia de corrupção do deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR) contra a ministra do Turismo, Daniela Carneiro.

Só recalque

O atrito entre petistas e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, supostamente em razão da taxa de juros, se dá porque o chefe do BC ainda está em grupo de Whatsapp com ex-ministros de Bolsonaro.

Gosto da fama

Advogado de detidos na depredação de Brasília, mês passado, relatou à coluna que procurou Marcos do Val (Pode-ES) para obter ajuda. Sequer foi recebido. A orientação passada pela assessoria foi “assistir as lives”.

Poder de Lira

O governo Lula, que também deu votos para reeleger Arthur Lira (PP-AL) presidente da Câmara, não vai ter vida fácil na Casa. A festa da vitória do pepista, conta um presente, tinha “três bolsonaristas para cada lulista”.

Hay gobierno?

Cotado para uma cadeira no Conselho de Ética do Senado, Jayme Campos (União-MT), que fez até campanha para reeleger Jair Bolsonaro no ano passado, agora faz elogios ao petista Lula.

Resistência

O plano do ministro Flávio Dino (Justiça) de criar um batalhão do governo federal para vigiar a Esplanada é rejeitado por parlamentares do DF. Bancadas do Senado e da Câmara já se reuniram para barrar a ideia.

O Nero do mercado

Depois de chegar a R$4,98, o dólar registrou forte alta e bateu os R$5,15, nesta sexta-feira (3). O motivo: a língua solta do presidente Lula que insiste em atacar a política econômica do Banco Central.

Grandeza rara

O senador Carlos Portinho (PL-EJ) se impressionou com Eduardo Girão renunciando à candidatura para apoiar Rogério Marinho. Disse que raramente se vê na política “um gesto de grandeza tão significativo”.

Proteção legal

Nos EUA, a Seção 230 da Lei de Decência na Comunicação determina que empresas de tecnologia não podem ser responsabilizadas por postagens de terceiros. Trump e Joe Biden falaram em derrubar a lei.

Pensando bem…

…antes era movimento dos sem-teto, agora é o movimento é anti-Teto.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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