Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o senador Eduardo Girão desmontou a narrativa criada pelo relator, Renan Calheiros, ao demonstrar como ele distorceu as informações de uma recente pesquisa de opinião pública sobre a CPI.
Girão fez questão de apontar dados ignorados por Renan:
“49% dos brasileiros querem essa CPI investigando Estados e municípios. ‘Mensalão’ levou 40 ao banco dos réus. Não dá para comparar! Renan Calheiros começou a sessão de ontem citando a pesquisa XP, divulgada na última quinta, usando e abusando das informações apenas que interessavam à narrativa dele.
Após analisar minuciosamente os dados, pedi ao Presidente da sessão para me manifestar. Segundo dados da pesquisa, 35% dos entrevistados querem o foco nos Estados e municípios e outros 14% desejam o foco tanto nos entes federados quanto no governo Federal, assim teremos praticamente a metade com essa expectativa.
Quando vamos de fato investigar os desvios de verbas federais nos Estados e municípios e o ‘calote da maconha’? Até agora, passados 70 dias da CPI, não foi olhado nada nesse sentido. Blindagem total a mais de 70 operações policiais”, apontou Girão, revoltado.
O senador fez questão de convocar o povo brasileiro para que se empenhe em uma mobilização para aprovação dos pedidos de convocação apresentados à CPI, e que devem ser votados nesta terça-feira (13):
“SUA MOBILIZAÇÃO PRECISA CONTINUAR! Ficou para essa terça-feira a análise dos nossos pedidos de convocação que já foram adiados mais de 5 vezes.
Teremos a chance de, quem sabe, finalmente aprovarmos a convocação de pessoas relacionadas ao ‘Calote da Maconha’ do Consórcio Nordeste, já que o Gabas foi rejeitado por 6 a 4 na comissão. O povo anseia por respostas sobre a compra fraudulenta de respiradores de quase R$50 milhões pagados antecipadamente e que nunca chegaram, por isso vamos tentar convocar a diretora da HempCare, Cristiane Prestes e o ex-secretário da Bahia, Bruno Dauster.
Você pode nos ajudar a trazer a verdade à tona. Sensibilize o senador do seu estado”, pediu Girão.