PALAVRAS AO VENTO

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Estamos juntando os cacos do que ainda resta de esperança. Ainda não conseguimos entender essa avalanche que nos abateu. Não porque já não fosse prevista, mas sim porque parecia improvável. Tantas coisas estavam em jogo: conceitos, costumes e tradições. Parecia impossível que tudo isso fosse desconsiderado por uma minoria que não aparecia nas ruas, mas passou a existir na virtualidade de arapucas eletrônicas.

Resistimos bravamente por inúmeros dias, tentando avisar aos incautos que se nada fizessem, muito iriam sofrer. E nesse sofrimento iriam nos levar juntos para onde estamos agora. Revivendo o horror de um campo de concentração, sendo acusados de terroristas.

Não era possível imaginar que as garras do mal fossem tão fortes, que a covardia e a imbecilidade chegassem ao ponto que chegaram. Que a armadilha estava preparada, não há mais como esconder. Começou na ação de infiltrados, que conseguiram mudar o foco dos manifestantes para um campo onde todos seriam vulneráveis. Facilitaram o acesso, porque isso fazia parte do plano.

O passo seguinte já estava previamente preparado. O que supunham que poderia acontecer nessa invasão, já havia acontecido por iniciativa própria. Agora, era só conduzir essa multidão para o local de costume.

Não mais importava se eram pessoas idosas ou crianças, se estavam no movimento, ou se acabam de chegar à cena do crime. Seriam todos fichados e acusados pelo crime de serem patriotas, de estarem lutando pacificamente por ideais que hoje são condenáveis, inaceitáveis e passiveis de punição imediata.

Qualquer reação contrária, significará apenas palavras ditas ao vento.

Guto de Paula

Redator da Central São Francisco de Comunicação

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