A maioria deixa o país em virtude de perseguições políticas
O Brasil bateu recorde de pedidos de refúgio de cubanos em 2022. Entre janeiro e novembro, o país registrou 4,2 mil solicitações. Os cubanos foram a segunda principal nacionalidade a pedir refúgio, atrás apenas dos venezuelanos. O levantamento foi feito pelo Observatório das Migrações Internacionais, a pedido do jornal Folha de S.Paulo.
O Brasil se tornou o principal destino de emigração. Entre outros fatores, o custo de vida aqui é mais barato que nos Estados Unidos. Além disso, a lei migratória brasileira é mais favorável. Ao solicitar o refúgio, o imigrante recebe um protocolo que permite trabalho e saúde, entre outros direitos, enquanto o pedido é avaliado pelos órgãos responsáveis.
A intensificação do fluxo de cubanos para ao Brasil é um desafio para o Comitê Nacional para os Refugiados, ligado ao Ministério da Justiça. Com um perfil de migração muitas vezes atrelado a questões econômicas, migrantes de Cuba, por vezes, não se enquadram nos critérios para refúgio, concedido para cidadãos que estejam sofrendo perseguição em seu país ou sujeitos a violações de direitos humanos.
O Brasil reconheceu 1,04 mil cubanos como refugiados. A maioria, 843, devido ao temor de expressar suas opiniões políticas no país, que vive uma ditadura comunista. Durante os governos do PT, os presidentes Lula e Dilma se aproximaram de Fidel Castro, Hugo Chávez e Nicolás Maduro.
REVISTA OESTE