Cláudio Humberto
Várias autoridades devem explicações por subestimarem o potencial de vandalismo nas manifestações de Brasília, neste domingo (8). Mas é Flávio Dino quem comanda nada menos que o Ministério da Justiça e Segurança Pública. E foi ele quem anunciou na véspera, sábado, que caberia à Força Nacional de Segurança a tarefa de impedir o protesto bolsonarista na Esplanada dos Ministérios, dispensando na prática a experiente Polícia Militar do Distrito Federal, uma das melhores do País.
Sem direito a ingenuidade
Na melhor hipótese, Dino foi ingênuo ao subestimar os protestos três semanas depois de bolsonaristas terem tentado invadir a Polícia Federal.
Confiando no ‘inimigo’
Para petistas, Dino foi ingênuo ao confiar nas providências de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, para garantir segurança na Esplanada.
Críticas surgem no PT
As críticas no PT não demoraram. O deputado Washington Quaquá (RJ) responsabilizou Dino e até José Múcio (Defesa) pelo vandalismo.
Acusação de inoperância
Quaquá diz que os ministros da Justiça e Defesa não agiram para impedir os fatos. “Dino e Múcio foram inoperantes”, acusou.
Grosseria de Janja contra o Irã se soma as de Dilma
A grosseria de Janja, que correu da delegação do Irã na posse de Lula, não foi a primeira hostilidade petista contra o país. Antes mesmo de tomar posse como presidente, Dilma disparou descortesias que minou a até então boa relação. Dilma criticou a abstenção do Brasil na ONU em decisão para condenar o país por violação de direitos humanos, e piorou quando ela disse que via no Oriente Médio a ‘falência de uma política’.
Escolhido a dedo
As críticas de Dilma foram publicadas no Washington Post, jornal dos Estados Unidos, país hostil e com relação deteriorada com o Irã.
Anão diplomático
A retaliação não parou por aí. O Brasil foi ignorado na visita que o então presidente Mahmoud Ahmadinejad fez à América Latina, em 2012.
Começou com Lula
Lula também constrangeu o país ao oferecer asilo para uma iraniana condenada por adultério e conspiração. Os iranianos negaram.
Lá vem facada
Segundo o PT, a “mudança da política de preço dos combustíveis sem a intervenção direta no setor” é um dos planos do senador Jean Paul Prates, indicado de Lula para presidir a Petrobras. É como defender o Teto de Gastos com o aumento dos gastos públicos.
Avanço interrompido
A quantidade de dias que o brasileiro tem que trabalhar para pagar impostos, em alta desde 2010, diminuiu no governo de Jair Bolsonaro, chegou a 149. O índice se igualou ao marcador de 2011.
Tiroteio no pé
Após o ministro Carlos Lupi avisar que quer reforma da Previdência, o ex-ministro da Fazenda do governo Temer Henrique Meirelles avisou: aumentar gastos “vai reduzir os recursos para programas sociais”.
Apertem os cintos
Ex-líder do governo Bolsonaro no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ) avisa: Lula terá no Congresso cenário bem diferente que no primeiro governo. Oposição consolidada e povo na rua, “que já derrubou Dilma e o PT”.
Destaque
O protagonismo de Rui Costa (Casa Civil) até agora no governo começa a gerar ciumeira entre os petistas. Já há até conversas que o ministro pode tomar o lugar de Fernando Haddad na sucessão de Lula.
Crítica seletiva
Na abertura da reunião ministerial, Lula fez insinuações sobre valores gastos na eleição de 2022, mas nada falou sobre a candidatura dele ter sido a mais cara: torrou mais de R$131 milhões para se eleger.
Agenda
Além da reunião ministerial, Lula está planejando se encontrar com governadores. A reunião está marcada para ocorrer no Palácio do Planalto ainda em janeiro, no dia 27, mas ainda não há confirmações.
Novo golpe
O Bradesco teve de informar aos clientes que não se utiliza de motoboys para recolher cartões de crédito ou débito mesmo quando precisam ser substituídos. É uma nova falcatrua, o Golpe dos Motoboys. Que país…
Pensando bem…
…até agora, nada de picanha livre.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO