Dia 6 de janeiro marca o golpe do Senado contra o consumidor de energia

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Rodrigo Pacheco impediu votação de projeto estimula energia limpa. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Cláudio Humberto

A data fatal de 6 de janeiro faz lembrar um papelão do Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Para alegria dos lobistas de geradoras e distribuidoras bilionárias de energia, ele impediu a votação de projeto aprovado na Câmara que adiaria por seis meses a vigência da lei 14.300, que reduz as vantagens que o cidadão tinha de investir em geração de energia ou solar. A lei entra em vigor nesta sexta (6). Quem investiu em energia solar reduziu a conta de luz a menos de 10% do valor habitual.

Lobby inescrupuloso

O lobby de geradoras e distribuidoras de energia tenta conter na marra o avanço da energia solar, que já ocupa o 2º lugar na matriz brasileira.

Segundo lugar

Dados da Absolar, entidade do setor, indicam que a fonte solar passou a eólica e alcançou 23,9 GW de potência instalada operacional.

Olha o tamanho

A energia solar trouxe ao Brasil, desde 2012, exatos R$120,8 bilhões em investimentos, gerando mais de 705 mil empregos.

Vergonha, Pacheco

A atitude vergonhosa do presidente do Senado condena à faca cega das contas mensais extorsivas quem estava interessado em investir.

Cotado para Petrobras, Jean Paul Prates usou Lei das Estatais contra antecessores.

Prates ignora lei que usou contra antecessores

O anunciado presidente da Petrobras, Jean Paulo Prates usou a Lei das Estatais para tentar impedir indicados do governo anterior para o posto, incluindo Caio Paes de Andrade, o último presidente. Na cadeira de senador, herdada de Fátima Bezerra, Prates foi à Justiça tentando anular a indicação de Caio com alegações risíveis e citando a Lei das Estatais, que está prestes a ser anulada para permitir sua própria nomeação. A lei que protege as estatais de políticos que a roubaram nos governos do PT.

Conflito de interesse

O senador também atacou Adriano Pires, outro indicado, por atuar no setor de energia. Mas Prates tem empresas na área de petróleo e gás.

E agora, senador?

A Lei das Estatais usada contra os antecessores impõe a Prates, por ser político, 36 meses de quarentena para assumir empresa pública.

O que diz a lei

A PEC tentou diminuir a quarentena de 36 para 1 mês. Passou na Câmara, mas está na gaveta do Senado. Portanto, valem os três anos.

Indicação imoral

Foi judicializada a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para presidir a Petrobras. Um vereador de São Paulo, Rubinho Nunes (União Brasil), diz que a nomeação fere a Lei das Estatais e é imoral.

Girl power

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), bateu o recorde de mulheres no comando de secretarias no estado, são 13. A marca anterior era de Eduardo Campos (PSB), com quatro secretárias.

O preferido

Apesar de chefiar as Relações Exteriores, o ministro Mauro Vieira não será ouvido por Lula sobre questões de política externa. O ex-chanceler Celso Amorim, que o serpentário chama de “Ameba”, fará esse papel.

Puxadinho

Rejeitado nas urnas pelos pernambucanos, o pedetista Wolney Queiroz deu um jeito de garantir a boquinha em Brasília. Foram dias na cola de Carlos Lupi para garantir a vaga de secretário-executivo da Previdência.

Firula

No discurso de posse como ministra do Planejamento, Simone Tebet falou de tudo, exceto o que interessava saber: nomes técnicos que vão compor a pasta. Por enquanto, ela continua no palanque eleitoral.

Gabinetes

Chegou ao fim a agonia dos deputados para saber o CEP de cada um, na Câmara dos Deputados. A diretoria-geral da Casa divulgou ainda na madrugada desta quinta (5) a lista com o rateio dos gabinetes

Boca fechada

Na reunião ministerial desta sexta, a ordem é evitar divergências entre o que os ministros e o Planalto pretendem. O aviso é endereçado especialmente a Carlos Lupi (Previdência) e Cida Gonçalves (Mulher).

Não tente entender

A Claro TV tem um certo jeito sorvetão de ser: permite que seus boletos sejam pagos com cartão de crédito, mas, quando o cliente vai fazê-lo pela primeira vez, não pode. Alegam que o desavisado não o fez antes.

Pensando bem…

…não há “diferenças políticas” que não sejam superadas com apetitosas boquinhas na Esplanada, como no caso de Simone Tebet.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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