Só 40% das urnas eletrônicas são “auditáveis”

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Relatório técnico revelou que 193 mil urnas, modelo UE2020, funcionaram perfeitamente e 279 mil antigas, de 2009 a 2015, têm falhas graves. Foto: Fernando Frazão/ABr

Cláudio Humberto

O relatório técnico apresentado em conjunto pelo PL e o Instituto Voto Legal foi uma bomba na narrativa de confiabilidade absoluta nas urnas, repetida à exaustão pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Só 40% dos equipamentos, cerca de 193 mil urnas do modelo UE2020, funcionaram perfeitamente e os registros podem ser relacionados ao equipamento que coletou os votos. A maior parte das urnas, de 2009 até 2015, têm números inválidos, o que impossibilita fazer a correlação dos dados.

Motivo de preocupação

Segundo o engenheiro formado no ITA Carlos Rocha, que comandou o estudo, esse número inválido “é um indício muito forte indício de falha”.

No detalhe

Dados mostram que Bolsonaro venceu nas urnas “auditáveis”, modelo UE2020 com 51%. Nas antigas, “inauditáveis”, Lula venceu com 52%.

Outro problema

Rocha também se diz preocupado com os travamentos de urnas, que levaram à exposição de dados pessoais e até violação do sigilo do voto.

Ingenuidade

O engenheiro explicou que quer “interagir construtivamente com o TSE” para verificação extraordinária, como prevê resolução da própria corte.

Senadores reuniram-se com o presidente eleito, Luia Inácio Lula da Silva, na COP 27, para discutir ações de combate ao desmatamento. Foto: Divulgação

PT resgata taxação de fortunas, que nunca fez

O PT retomou a retórica populista de ameaçar taxar grandes fortunas para fomentar a divisão do país, mas a verdade é que teve 14 anos no poder e não tomou qualquer iniciativa nesse sentido. O maior problema é definir o que seria “grande”, como destaca o especialista em direito empresarial Fernando Brandariz. O jurista lembra que no Congresso há projetos falando de valores variando de R$2 milhões, valor médio de apartamento de classe média em grandes cidades, até R$10 milhões.

Papo de campanha

O discurso normalmente é usado por partidos que nunca estiveram no poder, mas o PT o retomou, fingindo nunca ter governado o Brasil.

Debate será intenso

“A diferença é muito grande”, afirma o especialista, destacando que o tema deve ser discutido durante eventual terceiro mandato do petista.

Fuga de capital

Brandariz prevê um “impacto reverso” caso haja a aprovação e muitas famílias vão acabar transferindo as residências fiscais para outro país.

Chá de sumiço

Com seu prolongado silêncio, o presidente Jair Bolsonaro sinaliza renuncia à liderança da metade do País que nele votou. Deixa na mão inclusive a militância, que se arrisca nas ruas e estradas em sua defesa.

Arrogância premiada

Saiu barato para o desembargador Eduardo Prado Rocha Siqueira, do TJ de São Paulo, que humilhou guarda civil de Santos durante a pandemia: o Conselho Nacional de Justiça o “puniu” com gorda aposentadoria.

CPI dos Abusos

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) quer uma CPI no Congresso para investigar os abusos como a censura e o banimento de cidadãos e até parlamentares de redes sociais, em ofensa à liberdade de expressão.

‘Perdeu, mané’ não basta

O Brasil se distancia cada vez mais da reconciliação sempre que aparecem autoridades como ministros do STF e TSE provocando a metade bolsonarista da população com decisões padrão “perdeu, mané”.

País boleiro

O mercado de trabalho brasileiro ainda está se recuperando de todo o impacto sofrido durante a pandemia, mas é tempo de Copa do Mundo. Pesquisa Catho, revela que, para manter o ritmo e não aborrecer os empregados, 64% das empresas vão transmitir os jogos até em telões.

Pensando bem…

…se o VAR da eleição confirmar o “pênalti”, pode resultar em cartão vermelho para o juiz.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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