CBF tem 48 horas para explicar ausência do número 24 na seleção brasileira

Orgulho Gay

CBF tem 48 horas para explicar ausência do número 24 na seleção brasileira

No mês do Orgulho LGBTQIA+, a Justiça do Rio de Janeiro determinou, nesta terça-feira (29), que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ofereça uma explicação sobre o porquê nenhum jogador convocado para a Copa América utiliza a camisa 24 no uniforme.

Caso descumpra o pedido, determinado pelo juiz Ricardo Cyfer, da 10ª vara cível da capital carioca, a entidade terá de pagar multa diária de R$ 800,00. A liminar foi concedida após um pedido do Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, segundo o site ge.globo.

Um dos trechos da ação afirma que “o posicionamento de clubes e confederações de futebol é primordial no combate à homofobia, visto que desmotiva quem acha que o futebol é um espaço de intolerância onde se pode discriminar livremente”.

Vale lembrar que, entre as seleções que disputam a Copa América, a brasileira é a única a não utilizar o número 24. Até o momento, a confederação não se manifestou sobre o caso.

Na última segunda-feira (28), a CBF se posicionou em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. “O futebol brasileiro não tem espaço para preconceito! A CBF apoia a luta contra a homofobia e a transfobia. Somos todos iguais!”, escreveu a entidade em suas contas oficiais nas redes sociais.

O número 24 é historicamente associado ao homem gay, especialmente porque o animal veado tem este número no jogo do bicho. Portanto, a questão é utilizada como forma de discriminação da comunidade LGBTQIA+.

“Sendo assim, o fato da numeração da seleção brasileira pular o número 24, considerando a conotação histórico cultural que envolta esse número de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa a comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica”, diz outro trecho da ação.

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