Economista teve o perfil suspenso no Twitter depois de questionar dados dos resultados da eleição presidencial de 2022
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que Marcos Cintra (União Brasil) preste depoimento à Polícia Federal em até 48 horas. Ex-candidato a vice-Presidência da República, Cintra teve o perfil do Twitter suspenso por decisão do magistrado depois de defender que a Corte explique o resultado da eleição de 2022.
Em seu despacho, Moares alegou que “Marcos Cintra utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o TSE, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais”. De acordo com O Antagonista, o minsitro também impôs uma multa de R$ 20 mil ao Twitter em caso de descumprimento da decisão.
Na disputa de 2022, Marcos Cintra foi vice na chapa de Soraya Thronicke (União Brasil) para a Presidência da República. Além disso, ele é Formado em economia tem faz parte do corpo docente da Fundação Getúlio Vargas — uma das mais renomadas faculdades do Brasil. Conforme exposto no site da instituição, o docente acumula quatro diplomas de nível superior em Harvard: um de bacharel, dois de mestrado e outro de doutorado.
As postagens de Marcos Cintra
Conforme Oeste noticiou, o economista publicou postagens afirmando que os questionamentos sobre os resultados das eleições deste ano deveriam ser respondidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas mensagens, o economista também destacou que queria “ardentemente acreditar” na existência de uma “explicação convincente”.
Depois de analisar os dados do TSE sobre a disputa deste ano, Cintra diz que não encontrou explicação para o presidente “Jair Bolsonaro ter zero votos em centenas de urnas”. O professor disse ainda que existem “outras centenas, senão milhares de urnas com votações igualmente improváveis”.
De acordo com Marcos Cintra, a preservação das instituições democráticas “exige respostas convincentes” a esses questionamentos. “Caso contrário estarei sendo forçado a reconhecer a validade dos pleitos por voto em papel”, declarou no Twitter. “Tivéssemos registros em papel, sem prejuízo das vantagens da digitalização dos votos, estes casos aparentemente inexplicáveis poderiam ser rapidamente descartados, evitando as dúvidas sobre a integridade do sistema que estão se avolumando.”
REVISTA OESTE