‘Big techs’ tomaram R$240 milhões do Fundão

Destaque
Gasto já está entre os cinco maiores dos dos partidos, superando até o que foi pago a advogados nas eleições mais judicializadas da História. Foto: Marcello Casal Jr./ABr

O impulsionamento de conteúdos eleitorais nas redes sociais gerou controvérsia em 2018 entre os que pretendiam remar contra a maré da tecnologia. Este ano, com a ampla adoção da prática, empresas “big tech” como Facebook e Google faturaram R$239,6 milhões em apenas dois meses de campanha. O gasto já está entre os cinco maiores dos orçamentos dos partidos políticos, superando até o que foi pago a advogados milionários nestas eleições, as mais judicializadas da História.

Por enquanto

O gasto nas campanhas com redes sociais só perde para outras estratégias tradicionais de propaganda, com “eficácia” comprovada.

Dinheiro no bolso

A “atividade de militância e mobilização de rua” mexe com a economia, ainda mais em pequenas cidades. Custou-nos R$362,6 milhões.

Famosas inserções

O alarde feito sobre a não veiculação de inserções de rádio se explica por R$374,5 milhões gastos por campanhas nesse tipo de propaganda.

Tiro certeiro

Produção de publicidade em material impresso com as propostas dos candidatos para distribuir aos eleitores consumiram R$849,3 milhões.

Filas de eleitores se formaram no primeiro turno das eleições em Maceió. Foto: Davi Soares

PL e PT apelam para que eleitores virem fiscais

Os jornalões de sempre deram chilique com o chamamento do PL nas redes sociais para que os seus eleitores se tornem “fiscais de Bolsonaro”, insinuando que a atividade política do partido tem a intenções obscuras. Curiosamente, na última semana do primeiro turno, o PT de Lula fez uma convocação idêntica através do seu site oficial, para que o apoiador petista vire fiscal e “se torne os olhos de Lula”.

Mais que oficial

O PT criou até um “Manual de Orientação”, documento em .pdf que dá as principais dicas de como o fiscal petista deve atuar.

Boa dica?

Além das regras de vestuário e nomeação dos “delegados”, a cartilha do PT lembra: “A polícia se conservará a 100 m da seção eleitoral”.

Nada suspeito

“É permitido ao eleitor permanecer nas dependências da zona eleitoral vestindo ou portando material que identifique algum candidato”, diz o PT.

Neymar merece desculpas

O craque Neymar merece pedidos de desculpas pelos ataques covardes contra ele, após a Justiça da Espanha retirar as suspeitas de fraude fiscal, encerrando o caso. Mas não se deve esperar nada dos canalhas.

Medo eleitor

Em São Paulo, é maior o temor da volta do PT (49,4%) do que Bolsonaro continuar no poder (38,4%), segundo pesquisa da Futura Inteligência para o Banco Modal. E 5,6% têm medo de ambas as situações.

Aposta desafiadora

Caso se confirme a margem de diferença entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) previsto pela pesquisa nacional Modal/Futura, o atual presidente vencerá a disputa por 0,6%. Menos de um milhão de votos.

Musk, o libertador

Foi preciso aparecer um moço bilionário, Elon Musk, para restabelecer o respeito à liberdade de expressão no Twitter, acabando um triste período do obscurantismo, da patrulha ideológica e do pensamento único.

Mundo paralelo

A eleição este ano dá vida a memes. Meses atrás o Twitter “denunciou” futuros outdoors da Copa ’22, número do presidente. Ontem os jornalões noticiaram que a Copa “é usada para promover ilegalmente Bolsonaro”.

Hecho en Brasil

Estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) revelou que as exportações brasileiras para os demais países da América do Sul chegaram a US$ 18 bilhões no primeiro semestre, alta de 47,5% em relação ao segundo semestre de 2019, último antes da pandemia.

ONG fiscaliza

A ONG Transparência Eleitoral Brasil vai realizar “acompanhamento” da votação no domingo (30) em 40 cidades com equipes locais, além de seis cidade estrangeiras. No primeiro turno, zero problemas identificados.

Papel vergonhoso

A turma da patrulha ideológica do Twitter continua agindo, despedindo-se do triste papel a que se prestam. Elon Musk no comando promete que censura no Twitter logo será coisa do passado. Passado vergonhoso.

Pensando bem…

…debate não é com ele.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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