Alexandre de Moraes quer explicações sobre operação em Alagoas

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STJ convocou sessão extraordinária para analisar caso

Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE | Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Alexandre de Moraes, ministro do STF

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu nesta terça-feira, 11, para que a Polícia Federal (PF) explique a Operação Edema, em Alagoas. A ação da PF e do Ministério Público Federal (MPF) resultou, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no afastamento do governador de Alagoas e candidato à reeleição, Paulo Dantas (MDB).

O governador é apoiado por Lula (PT) e pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Dantas disputa o segundo turno deste pleito contra Rodrigo Cunha (União Brasil), apoiado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.

Dantas é suspeito de comandar um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa. A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governador. Tramitando em sigilo, a investigação seria sobre suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa de Alagoas, referente à época em que Dantas era deputado estadual. “A investigação, ainda em sigilo, aponta a ocorrência dos crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro”, informa o MPF, em nota.

Hoje mais cedo, Calheiros atribuiu o afastamento de Dantas a uma suposta perseguição de Lira e que Alagoas é “vítima de uso político da PF”. No entanto, o presidente da Câmara negou que possua qualquer informação sobre a operação e que não se afasta um governador do cargo no meio de um processo eleitoral, sem indícios para tal. “Nunca tive ingerência na PF, faço política levando desenvolvimento para o meu Estado”, disse.

Ao todo, estão sendo cumpridos 31 mandados de busca e apreensão. Alguns dos endereços são a Assembleia Legislativa e o Palácio do Governo.

De acordo com o MPF, as medidas cautelares incluem ordem de sequestro de bens e valores que chegam a R$ 54 milhões. Dezenas de imóveis foram objetos de construção, informou o órgão. Ainda segundo a nota, “a necessidade e a urgência das medidas cautelares cumpridas foram amplamente demonstradas nos autos da investigação policial e corroboradas pelo Ministério Público Federal, o que subsidiou a decisão judicial”.

Hoje, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) convocou uma sessão extraordinária para analisar do governador de Alagoas. Confirmada por Oeste, a decisão foi de Maria Thereza de Assis Moura, presidente do órgão, e o ato deve ocorrer na quinta-feira 13.

REVISTA OESTE

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