Mídia internacional cita erros de pesquisas e New York Times dá razão a Bolsonaro

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‘Ficou claro que o presidente estava certo’, informou o jornal

Sede do jornal em Nova Iorque | Foto: tacskoo/Pixabay | Times Hong Kong

As eleições brasileiras foram destaque nos principais veículos de comunicação internacionais. A maioria ressaltou o fiasco das pesquisas eleitorais. Em um artigo, o norte-americano New York Times deu razão ao presidente Jair Bolsonaro. “Ficou claro que ele estava certo”, observou o jornal, em alusão aos institutos que projetaram a vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno.

“Os analistas subestimaram a força de candidatos conservadores em todo o país”, afirmou o texto. “Enquanto isso, Lula está tentando realizar um espantoso renascimento político que, há poucos anos, parecia impensável.”

Também o Washington Post, de esquerda, surpreendeu-se com o resultado. “O segundo turno com Lula e Bolsonaro representa a oposição entre populistas de polos opostos do espectro político, dois gigantes políticos que compartilham uma profunda inimizade pessoal e prometem o apocalipse caso o outro ganhe”, disse o artigo. “Lula fia-se em uma campanha de nostalgia da classe trabalhadora, enquanto Bolsonaro fez uma campanha de terra arrasada.”

Outro jornal “progressista”, o britânico The Guardian não subestimou a força de Bolsonaro e lembrou que “a classe trabalhadora do país busca retornar ao poder após escândalos de corrupção e prisão”.

O argentino Clarín noticiou que “os principais derrotados das eleições por seus erros foram os institutos de pesquisa”. “Horas antes da eleição, o prestigiado Datafolha e seu concorrente Ipec avaliaram que o líder petista venceria no primeiro turno, reunindo 50/51% das intenções de voto”, observou um artigo. “O problema é que nenhuma dessas empresas esclareceu essas deficiências.”

“Bolsonaro chegou a 43,7%, bem acima do que as pesquisas antecipavam, e que chegará com aspirações renovadas para o segundo turno, em 30 de outubro”, constatou o jornal La Nación, concorrente do Clarín. “Uma diferença de mais de quatro pontos, muito longe dos 14 projetados pelas últimas pesquisas.”

REVISTA OESTE

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