IMUTÁVEL POLÍTICA

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O Brasil e os brasileiros estão vivenciando um momento importante da nossa história contemporânea, quando saberemos o rumo que nosso país tomará, após as próximas eleições.

Provavelmente, essas serão as eleições mais disputadas dos últimos tempos. E, acreditem, os políticos pouco evoluíram nos seus métodos para a conquista de votos. E, também, as mais caras que se tem notícia, pois os políticos votaram projeto de interesse próprio, para que possam gastar nababescamente em suas campanhas.

Nada mais, nada menos, de 4 bilhões e novecentos milhões de reais, o que faz com que nosso país, quando se trata de política e de eleições, equipare-se aos países mais ricos do mundo, se bem que os mais ricos são comedidos nos seus gastos e não “rasgam” dinheiro à toa.

Porém, mesmo com uma verba tão gigantesca, notamos que há candidatos reclamando do pouco que estão recebendo para cobrir seus gastos eleitorais, que o voto em si está “inflacionado”, uma prática contumaz, com a qual convivemos nas eleições pretéritas.

Sabe-se, igualmente, que para disciplinar os gastos dos pretensos candidatos, foram criadas algumas regras, que dificultam a contabilização dos gastos e que possam ser comprovadas ao que será dispendido pelos senhores candidatos.

Não fomos informados se para os grandes partidos o método será o mesmo, pois não há como contabilizarmos propinas e, também, o que é distribuído aos eleitores em moeda corrente. Difícil será, pois, que as prestações de conta ao menos se aproximem da realidade.

Com quem falamos sobre tais práticas para criação de verbas astronômicas para nossa política, as ideias são tantas que sequer há condição de enumerá-las. Uns acham que isto é um “assalto aos cofres públicos”; muitos políticos concordam (é óbvio), que prevaleçam as verbas públicas para suas campanhas, pois isto equipara a situação dos menos endinheirados com os que já nasceram ricos. Ledo engano, pois a maioria dos nossos congressistas é representada pelos mais ricos, principalmente nos cargos de maior representatividade.

Há também os pobres, que nasceram para a política, uma espécie de vocação, mas jamais alcançam voos mais longos. Os teimosos, que perdem seguidas campanhas, mas prosseguem seus objetivos por toda uma vida.

Ainda sobre o chamado “fundão partidário”, na nossa humilde opinião é um passo atrás na nossa política, que ao invés de igualar a grande diferença entre políticos ricos e políticos pobres, atrapalha sobremaneira os mais fracos. Quem viver verá.

Na nossa modesta opinião, o “fundão” influenciará nas escolhas de muitos pretendentes a cargos públicos. Pena que nas entrelinhas não tenha sido convencionado sua redução a cada eleição futura. Pensaram somente neles. O Brasil, em segundo plano. Ou, quando nada, uma distribuição levando em conta a situação financeira dos candidatos. Mais para os pobres e menos para os endinheirados.

Itapuan Cunha                                                    

Editor

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