A decisão de Alexandre de Moraes contra empresários bolsonaristas atendeu a um pedido da Polícia Federal que tinha como base somente reportagem sobre conversas de teor golpista.
Nenhuma utra diligência preliminar foi realizada antes de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar as medidas de busca e apreensão.
Segundo informações da Folha de São Paulo, as medidas solicitadas tinham o objetivo de investigar e paralisar imediatamente qualquer tipo de financiamento em andamento de ações antidemocráticas. A decisão de Moraes é mantida em sigilo e não há prazo para o segredo de Justiça cair.
As citações nas mensagens aos atos convocados para o 7 de setembro por Jair Bolsonaro (PL), de acordo com relatos, foram levadas em conta na escolha das buscas.
Em uma das mensagens, o empresário José Koury diz preferir um golpe à volta do PT e que “ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil” caso o país vire uma ditadura. Koury, segundo o Metrópoles, também chegou a sugerir o pagamento de bônus a funcionários que votassem seguindo a indicação dos empresários.
O entendimento de pessoas que participam da apuração é que, se comprovada atuação dos empresários para organizar ou financiar qualquer ato contra o Estado democrático de Direito, se trata de mais um evento da associação criminosa investigada no inquérito das milícias digitais.
FOLHA DE SÃO PAULO