Com perspectivas desesperadas de retorno ao poder, a esquerda fabricou o que considero como uma nova personagem. Uma figura imaculada ungida na mais expressiva das hipocrisias. Um verdadeiro salvador da pátria, cidadão trabalhador, respeitador dos conceitos familiares tradicionais, avesso às contravenções e contraventores, paladino do combate à corrupção e amigo incontestável dos pobres e humildes.
Tanto é que em uma manobra ridícula e criminosa do próprio STF, inédita para o judiciário brasileiro, fez do ladrão condenado em três instancias um ilustre “descondenado”. Nem se preocuparam em fazer dos juízes e promotores que o condenaram, bobos da corte.
Recriou essa caricata figura como o objetivo único de torná-lo candidato ao mais alto posto do Executivo Brasileiro. Para tanto, reescreveram nossa Constituição Magna e descaradamente propõem que ela seja viva e maleável, quando na realidade ela é pétrea. Ou deveria ser.
Os ”iluministros” se tornaram deuses sem que um só voto popular lhes fosse concedido. Hoje investigam, condenam, prendem ou perseguem qualquer tipo de opinião contrária. Como se existisse lei para prender qualquer cidadão por expressar sua livre opinião.
Juízes não são. Até que tentaram. São advogados indicados pelo próprio imaculado cidadão e por sua camarilha de seguidores, que por nossa ignorância politica foram eleitos.
Então, como já era de se esperar abateu-se em parte do povo brasileiro, uma onda de esquecimento hipnótico, que os faz acreditar que esse passado onde o país foi roubado, onde a corrupção passou a ser moeda de troca, simplesmente não existiu. Pura ficção científica.
O gato se uniu ao rato e ambos esqueceram as intrigas passadas e deram-se as mãos na mais inusitada das propostas politicas de restabelecimento de poder, que se tem notícia. Observe que papas historicamente já concederam indulgências, mas essa concedida pelos togados do STF é inédita.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação
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