Rui é o governador que mais deixou de cumprir promessas, aponta balanço do G1

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Nos últimos dois dias, blogs e veículos da imprensa baiana irrigados com verbas do governo do estado ou ligados ao PT apontaram Rui Costa como o governador brasileiro que mais cumpriu promessas feitas na campanha em 2018, com base em um levantamento do G1 publicado anteontem. Em clara distorção sobre os dados compilados pelo portal do Grupo Globo, a ênfase foi dada apenas ao número absoluto de 54 promessas concretizadas pelo petista em três anos e meio de gestão. No entanto, o mesmo levantamento mostra que Rui é também o campeão nacional em quebra de promessas, com 56, mais do que a quantidade cumprida pelo governador, embora essa informação tenha sido omitida do noticiário favorável a ele.

Faz de conta
A varredura feita pela Satélite no material colocado no ar pelo G1 para divulgar os resultados do monitoramento aponta que em momento algum o portal citou o governador da Bahia como primeiro colocado no ranking. O que atesta a utilização de artifícios numéricos para beneficiá-lo com noticiário positivo.

Avesso do avesso
Abaixo de Rui na lista de governadores com a maior soma de promessas não concretizadas, aparece o da Paraíba, João Azevêdo (PSB), com 42, seguido pela dupla Wilson Witzel e Cláudio Castro (PSD), do Rio de Janeiro, com 38. Em quarto e quinto, vêm o do Acre, Gladson Cameli (PP), e os paulistas João Doria e Rodrigo Garcia (PSDB), com 35 e 26, respectivamente. Em termos proporcionais, Rui ficou bem longe do pelotão de frente. O petista cumpriu 37,5% do que prometeu e ocupa a 13ª colocação. No topo, estão os cearenses Camilo Santana (PT) e Izolda Cela (sem partido), com índice de 68,4%; o catarinense Carlos Moisés (Republicanos), com 61,5%; e o amazonense Wilson Lima (União Brasil), com 58,5%.

Recordar é viver
O levantamento revela ainda que baiano lidera com folga a fila dos governadores campeões em promessas. Ao todo, segundo o G1, foram 144 – 61 a mais que o vice do ranking, João Azevêdo. A supressão dos resultados negativos lembra o teorema usado em 1994 pelo então ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Rubens Ricupero, e exposto no episódio conhecido como “escândalo da parabólica”. Ou seja, “o que é bom a gente fatura; o que é ruim a gente esconde”.

Vale-Bronca
O deputado Paulo Câmara (PSDB) criticou duramente o governo do estado pela perda de quase R$ 300 milhões em verbas federais repassadas à Bahia de 2017 a 2021, noticiada ontem a partir de um relatório do TCE. Em vídeo postado nas redes, o tucano disse que a imagem de gestão austera e eficaz existe somente na propaganda. O montante perdido, disparou, prova que, no plano da realidade, sobram incapacidade, ineficiência e irresponsabilidade.

Nova marca
Com o périplo iniciado ontem por 16 cidades da região de Irecê, o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) quebra o recorde de municípios visitados no intervalo de quatro dias durante a pré-campanha ao Palácio de Ondina. Até então, o maior número foi 14, registrado entre 14 e 17 de julho.

CORREIO DA BAHIA

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