Ela foi preterida pelo candidato de Ciro Gomes, Roberto Cláudio
Criticando a desunião das forças políticas do Ceará no enfrentamento ao fascismo, à intolerância e ao ódio, a governadora do Ceará, Izolda Cela, anunciou ontem (27) ter pedido desfiliação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). A decisão foi motivada pelo fato de a convenção do PDT no Ceará ter barrado seu projeto de disputar a reeleição. Em vez de Cela, o partido escolheu para disputar o governo o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o favorito do candidato a presidente do PDT, Ciro Gomes.
A decisão do PDT, tomada no dia 18, foi oficializada em convenção no domingo (24). E resultou no rompimento imediato da aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT). A ruptura fortalece o discurso de campanha de Ciro como opositor ao ex-presidente Lula (PT), que tenta retomar o comando do Palácio do Planalto.
Primeira mulher da história do Ceará a assumir o comando do Executivo, Izolda Cela era o nome apoiado pelo ex-governador petista Camilo Santana, pré-candidato a senador e ex-aliado histórico de Ciro Gomes. E a escolha de Roberto Cláudio como candidato do PDT fez o PT lançar o deputado estadual licenciado Elmano de Freitas como nome petista ao governo do Ceará.
“Temos hoje, através de legítima decisão dos partidos que têm ajudado a construir esse Projeto em prol do Ceará, duas candidaturas lançadas ao Governo do Estado. Poderíamos já estar todos unidos contra o fascismo, a intolerância e o ódio. Defendi isso desde o início, juntamente com Cid [Gomes], Camilo [Santana] e tantos outros. Diante desta nova realidade, e respeitando as decisões tomadas, anuncio o meu pedido de desfiliação do PDT. Sigo com determinação para cumprir esta honrosa tarefa no comando do Governo do Estado pedindo sempre as bênçãos de Deus para fazer o melhor para os cearenses”, escreveu Izolda Cela, no Twitter, no fim da tarde de ontem (27).
A expectativa é de que a governadora Izolda Cela anuncie sua filiação ao PT. Ela é governadora desde 2 de abril, quando o petista Camilo Santana renunciou ao mandato de governador, para poder ser candidato ao Senado.
DIÁRIO DO PODER