Fernández é reprovado por 75% dos argentinos

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Segundo pesquisa da Universidade de San Andrés, apenas 21% da população local aprova o presidente do país

Alberto Fernández e Cristina Kirchner, lado a lado | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, não tem motivos para sorrir. O país enfrenta uma crise política severa, e a economia está em frangalhos. Esse cenário influencia a percepção da população sobre o governo peronista, como mostra pesquisa elaborada pela Universidade de San Andrés.

De acordo com o levantamento, o índice de reprovação de Fernández é de 75%, enquanto apenas 21% dos argentinos dizem aprovar sua gestão. Pela primeira vez, a imagem positiva do peronista ficou abaixo da de Cristina Kirchner, vice-presidente do país: 17% contra 20%.

Crise generalizada

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), a inflação anual no país atingiu quase 65%. Trata-se do pior patamar desde 1992, observado durante o governo do ex-presidente Carlos Menem.

No primeiro semestre deste ano, a inflação ficou em 37%. Os dados confirmam as projeções do Banco Central da Argentina, que, há alguns meses, previu que a inflação alcançaria o atual patamar. Segundo a agência de notícias Bloomberg, os preços devem subir aproximadamente 90% no fim do ano.

A volta do peronismo

Desde 2007, Cristina dá as cartas na política argentina, como mostra reportagem publicada na Edição 121 da Revista Oeste. Houve apenas um breve intervalo no governo de Mauricio Macri. “Ele assumiu a Presidência no fim de 2015, depois de 12 anos dos Kirchners — Nestor, marido de Cristina, precedeu os mandatos dela”, escreveu Silvio Navarro. “Macri foi eleito por apresentar uma agenda econômica liberal, para sufocar a inflação e sanar a crise fiscal — o país era o 138º colocado no ranking dos cobradores de impostos do Fórum Econômico Mundial. Não fez nada disso: aumentou os gastos públicos, não privatizou estatais (só a Aerolíneas Argentinas dava prejuízo de US$ 2 milhões por dia), congelou preços e deu aumento para o funcionalismo.”

REVISTA OESTE

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