O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou, na manhã desta terça-feira (19), a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de proibir que perfis de apoiadores do chefe do Executivo publiquem conteúdos que liguem o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) à morte do ex-prefeito Celso Daniel e à facção criminosa PCC.
No Twitter, Bolsonaro publicou dois tuítes fazendo referência ao assunto. No entanto, ao invés de citar nominalmente Lula, o PT e o PCC, o presidente da República “disfarçou” as palavras substituindo-as por seus significados e por onomatopeias como “irruu” e “irraa”.
– Lider da facção criminosa [irraaa] reclama de Jair Bolsonaro e revela que com o Partido dos [irruuu] o diálogo com o crime organizado era “cabuloso”. É o grupo praticante de atividades ilícitas coordenadas denominado pela décima sexta e terceira letra do alfabeto com saudades do grupo do animal invertebrado cefalópode pertencente ao filo dos moluscos – escreveu.
– Lider da facção criminosa [irraaa] reclama de Jair Bolsonaro e revela que com o Partido dos [irruuu] o diálogo com o crime organizado era “cabuloso”. É o grupo praticante de atividades ilícitas coordenadas denominado pela décima sexta e terceira letra do alfabeto com saudades do grupo do animal invertebrado cefalópode pertencente ao filo dos moluscos – escreveu.
O vídeo divulgado por Bolsonaro é de uma reportagem que foi exibida pela Record TV no dia 8 de agosto de 2019. O conteúdo revelava que membros do comando da facção PCC teriam dito que, enquanto esteve no poder, o Partido dos Trabalhadores teria diálogo próximo com a criminalidade, laço que teria sido rompido com a chegada do atual governo.
Os arquivos foram obtidos legalmente por jornalistas da Record, por meio de uma investigação do Ministério Público do Paraná, com autorização da Justiça. Em um dos trechos, um criminoso conhecido como Elias teria dito que o atual governo não teria diálogo com a facção da qual ele faz parte, o PCC. Em nota, o Partido dos Trabalhadores afirmou que a declaração era “mentirosa”.
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