Manifestantes forçam o portão da Casa Rosada Foto: Reprodução/Vídeo Twitter
Milhares de pessoas se manifestaram nas ruas de Buenos Aires e de outras cidades da Argentina, neste sábado (9), em meio à celebração do Dia da Independência, com críticas ao governo em meio a dificuldades socioeconômicas.
Os manifestantes portavam cartazes e também panelas, vários deles carregavam a bandeira nacional, em meio a dúvidas sobre o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), e com uma inflação que já acumula 30% até agora em 2022 e que, segundo analistas, poderia bater em 70% ao ano, além da escassez de dólares e da alta do preço da moeda norte-americana no mercado oficial e no paralelo.
Em Buenos Aires, aconteceram concentrações perto do Obelisco, na avenida 9 de Julio e na Plaza de Mayo, sob a consigna “Defendamos a República”. Houve participação de vários segmentos políticos, bem como uma forte presença da esquerda argentina, em uma semana marcada por enfrentamentos entre as distintas forças da coalizão governista. Também houve a presença de setores da oposição e de grupos de direita.
Em uma das imagens compartilhadas pela imprensa local, os manifestantes aparecem forçando o portão da Casa Rosada – sede do governo da Argentina-, em Buenos Aires, capital do país.
As manifestações na capital foram acompanhadas por atos em outras grandes cidades do país, como Mendoza, Córdoba, Santa Fé e Rosário, entre outras.
Em discurso pelo Dia da Independência, para marcar a data, o presidente Alberto Fernández pediu “unidade” e que diferentes facções trabalhem para isso.
– A história nos ensina que é um valor que devemos preservar nos momentos mais difíceis. Devemos trilhar o caminho para o equilíbrio fiscal e estabilizar a moeda – disse Fernández, acrescentando que o país precisa de responsabilidade econômica.
Em sua fala, Fernández também comentou que a inflação ocorre no mundo todo, porém “prejudica mais seriamente nossa economia, caracterizada por conviver com processos inflacionários persistentes”. O presidente disse que isso “torna mais complicada a distribuição justa da renda”.
PLENO.NEWS
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