A nacionalização do sistema de pensões em 2008 agravou o plano de aposentadorias | Foto: Reprodução/Flickr
Uma pesquisa realizada pelo Índice Global de Sistemas Previdenciários, da Mercer — uma consultoria norte-americana —, colocou a Argentina na segunda pior posição entre os sistemas previdenciários do mundo.
O país, liderado por Alberto Fernández, obteve 39,4 pontos no levantamento, que vai até 100 pontos. A amostra considerou um total de 37 países nos quais se encontram cerca de 60% da população mundial. Com isso, o sistema de aposentadoria do país supera apenas o da Tailândia, tornando-o o pior da América Latina.
O indicador revela três dimensões principais para avaliar os diferentes sistemas previdenciários em cada país: adequação do sistema, sustentabilidade de longo prazo e grau de integridade.
A adequação do sistema visa a mensurar o nível básico de renda auferida por aposentados e pensionistas, segundo uma paridade de poder de compra para comparação entre diferentes países. Em segundo lugar, a sustentabilidade do sistema responde pela equação financeira dinâmica que cada país possui em seu plano de previdência. No último item, o instituto mede a integridade de cada sistema previdenciário.
O sistema de pensões herdado do kirchnerismo mostra os resultados de um profundo fracasso. Em 2008, a então presidente, Cristina Kirchner (atualmente, vice-presidente), expropriou os fundos acumulados da Administradora do Fundo de Pensões e decidiu desmantelar o sistema, para voltar à distribuição administrada pelo Estado.
A nacionalização foi justificada pela promessa de aumento dos ativos de aposentadoria e maior sustentabilidade de longo prazo entre receitas e despesas do sistema, mas os resultados prometidos nunca apareceram. A nacionalização agravou todos os parâmetros pelos quais o sistema previdenciário é avaliado.
REVISTA OESTE
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