Demora para dar solução ao drama da menina, arrastado até a 29ª semana de gravidez e a criança no ventre, já formada, foi condenada à morte. Foto: Arquivo EBC
É um drama humano inédito, até mesmo na ficção, o caso da criança de 11 anos que, grávida de quase sete meses, foi submetida a cirurgia para morte e retirada do bebê, em Santa Catarina. A gestação, enquadrada na lei como abuso de vulnerável, é produto de relação com um menino de 13 anos, legalmente inimputável. Mas a demora para se encontrar uma solução multiplicou o drama, arrastado até a 29ª semana de gravidez. E a criança no ventre, já formada, foi condenada inapelavelmente à morte.
Limite necessário
Em países mais liberais, o aborto é permitido até um limite de gestação que varia de 15 a 20 semanas. Na 29ª, é tratado como assassinato.
Liberou geral
A Constituição brasileira proíbe o aborto, mas, há anos, decisão liminar dormitando na gaveta do STF descriminaliza sua prática no País.
Legislação omissa
A lei considera duplo homicídio o assassinato de mulher grávida, o que está certo. Mas é omissa quando o bebê é assassinado no ventre.
Estado mandou mal
O Estado, que pela ação da juíza chegou a sequestrar a grávida de 11 anos, também tem contas a prestar. Todos se comportaram muito mal.
Lula lidera em três regiões e Bolsonaro em duas
O petista Lula lidera em três regiões (Nordeste, Norte e Sudeste) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem a maioria em duas regiões (Sul e Centro-Oeste), segundo estudo realizado pela Potencial Inteligência para o site Diário do Poder, que realizou média ponderada das intenções de votos para presidente, nos Estados, com base nas pesquisas mais recentes registradas no Tribunal Superior Eleitoral, divulgadas até dia 24.
Pontas diferentes
Lula tem 53,3% no Nordeste, seu melhor resultado, e Bolsonaro tem 25,3%. No Sul é o contrário: 42,7% do presidente a 26,9% do petista.
Disputa
No Centro-Oeste Bolsonaro tem 41,6% a 32,8% do petista. No Norte Lula tem 43,1% a 34,5% do atual presidente.
Maior eleitorado
O petista lidera no Sudeste, que responde por quase 50% do eleitorado, a corrida é a mais apertada: 40% contra 34,2% de Bolsonaro.
Todo cuidado é pouco
A 100 dias da eleição, o Datafolha diz que Lula tem 47% e Bolsonaro 28%. A revista Veja lembrou que em junho de 2018, mesmo Lula preso por corrupção, o empolgado Datafolha dava 30% a 17% em favor do petista e depois apontaria o “favoritismo” de Haddad. Deu no que deu.
Pelo menos isso
Ainda falta mais de um mês para o início do horário eleitoral, no rádio e na TV. A boa notícia é que após começar, em 26 de agosto, só dura 30 dias. A notícia ruim é que volta por outros 22 dias, no segundo turno.
Cortina de fumaça
Marco Feliciano ironizou o destaque para a CPI do MEC maior que a da Petrobras. “Querem me convencer que é mais importante investigar a venda do carro que o lucro multibilionário e indecente”, disse.
Falta o dever de casa
Dados da ANP mostram que a crise de combustíveis não decorre só da situação mundial, mas da incompetência nacional. Em 2021, 25% do diesel usado no Brasil foi importado e, com o crescimento da economia e sem aumento da capacidade de refino, o percentual passou a 30%.
Maior da História
O Our World in Data já registra mais de 12 bilhões de vacinas contra a covid aplicadas em todo o mundo, nos últimos 18 meses. A parcela de vacinados em países de baixa-renda, entretanto, não chega a 18%.
Impacto nos meios
A rede social chinesa TikTok faturou cerca de US$4 bilhões (R$21 bilhões) com anunciantes, em 2021. A expectativa é de triplicar esse valor para US$12 bilhões (R$63 bilhões) já em 2022.
Nem eles aguentam
Joe Kahn, novo editor executivo do New York Times, disse à revista Vanity Fair que os jornalistas deveriam dar “um passo para trás” em relação a falar mal, no Twitter, dos veículos que os empregam.
Brasil em obras
A alta nas contratações do setor de construção civil deve ter o impacto na economia sentido em breve. Segundo especialistas, a construção é dos setores que mais gera empregos indiretos e alavanca a economia.
Pensando bem…
…tem escândalos que vêm bem a tempo.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
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