Quando os astronautas americanos fincaram uma bandeira na Lua, nem por isso ela passou a ser propriedade dos Estados Unidos. Hoje, aqui em Barreiras, ao passar pelo bairro de Sandra Regina, observei surpreso uma bandeira cubana hasteada em uma residência.
Tal mão foi minha surpresa, pois pode ter sido no Ouro Branco, ou no bairro Jardim Imperial. Mas, isso já não importa, era uma bandeira cubana e não me ocorre que em nossa cidade já exista um consulado da Ilha do Charuto.
Da ilha que os revolucionários prometeram liberdade e democracia e direitos iguais para todos, mas fizeram completamente o contrário. Executaram milhares de pessoas, fecharam as portas e se perpetuaram no poder, amealhando uma incalculável fortuna.
Pensei com meus botões, esse patriota seria um dos médicos cubanos? Aqueles que foram impostos pelo governo passado com o objetivo de fortalecer nosso sistema de saúde? Ou alguém que veio junto, travestido de médico, mas treinado para doutrinar e se aproveitar da inocência do povo?
A gente olha para aquela maldita bandeira tremulando, símbolo de genocídios, de execuções sumárias de homossexuais e reflete o quanto somos democratas e o quanto aceitamos com certa naturalidade coisas como essa.
Mas a bandeira está lá, movimentando-se com o ar de nossa liberdade (que ainda existe), fincada nesse solo que tem aceitado ultimamente inúmeras barbaridades.
Elaboramos uma constituição que permite muita coisa. E quando não permite os 11 togados do STF fazem acontecer. Essa bandeira pode até ter sido autorizada por eles. Nada do que fazem nos surpreende.
Acredito até, que ela está lá em comemoração a um evento esportivo aonde o cidadão cubano que chegou no primeiro lugar, pretendeu homenagear seu país de origem. Não foi em nenhuma corrida, nem em jogo de quadra, deve ter sido vitória em jogo do bicho. Jogou no burro e deu de primeira a quinta, seco e molhado. Isso explica o gesto.
Ser cubano para um cidadão cubano é uma honra. Tal qual ser brasileiro e na terra do exílio mostrar seu pendão nacional com muito orgulho, faz parte de nosso amor à pátria.
Todavia, hastear a bandeira cubana para mostrar que é comunista, petista ou reacionário, é uma acinte, um total desrespeito ao país que está lhe concedendo abrigo.
Quero crer que não de trata disso. Tomara… Caso não seja, lembro que a porta de saída é a conveniência da casa.
