Petrobras transforma redução do ICMS em lucro

Coluna do Cláudio Humberto
Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. Foto: Agência Brasil/ArquivoObjetivo é levar para o bolso dos acionistas privados os bilhões da queda do ICMS após esforço conjunto hercúleo do governo e do Congresso. Foto: Agência Brasil/Arquivo

A indignação do presidente da Câmara, Arthur Lira, ao pedir a renúncia imediata do presidente já demitido da Petrobras, é compreensível diante da malandragem da empresa de usar feriadão para anunciar aumento de 5% na gasolina e 14% no diesel. O objetivo é levar para o bolso dos acionistas privados, que na prática a comandam, os bilhões da queda do ICMS após esforço conjunto hercúleo do governo e do Congresso.

Reincidente

Essa é a segunda vez que a Petrobras aproveita tentativas do governo de reduzir o preço para transformar a redução de impostos em lucro.

Caso pensado

A manobra é preparada há semanas, com os anúncios de “defasagem” para cotação internacional, que agora justificam o aumento oportunista.

Assalto

Além da margem de lucro até 10x superior a outras grandes petroleiras, a malandragem da Petrobras ficou pior com queda de 5,4% no petróleo.

Gota d’água

O novo aumento entornou o caldo. Governo e Congresso já falam em instalação de uma CPI para investigar a “política de lucros” da estatal.

Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. Foto: Agência Brasil/ArquivoPartido de Marina Silva conta com bolada. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Partidos fora da ‘cláusula’ levam R$98 milhões

O Rede, de Marina Silva, que atualmente tem dois deputados e um senador, somado aos nove partidos que não conseguiram eleger um representante federal sequer, vão levar mais de R$97,6 milhões do fundão eleitoral, para financiar suas campanhas. A maior parte da bolada do Rede vem dos cinco senadores que conseguiu eleger em 2018, que “valeram” R$47,1 milhões no rateio do fundão eleitoral para 2022.

Menores

Partidos que não atingiram a cláusula de barreiras recebem “apenas” o fundão eleitoral, e perdem acesso ao R$1 bilhão do fundo partidário.

Dinheiro público

Cada partido registrado na Justiça Eleitoral, independente do tamanho, tem direito a 2% do fundo eleitoral. Este ano são R$3,1 milhões cada.

Sem deputados

Agir (ex-PTC), DC (ex-PSDC), PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU e o UP vão levar, no total, R$27,91 milhões para suas campanhas, este ano.

Melhor ir sozinho

O pré-candidato Luciano Bivar disse que o União Brasil pode ter chapa puro-sangue. Ele rivaliza em intenção de votos como nomes da terceira via, por isso não faz sentido entregar de mão beijada os seus maiores ativos: quase R$1 bilhão do Fundo Partidário e muito tempo na TV.

Além da conta

A alta da Selic para 13,25% faz remédio ser visto como veneno. Presidente da associação da indústria têxtil, Fernando Pimentel pede o fim do ciclo: “Estamos num patamar muito acima das demais nações”.

Próximos

No Paraná, a aprovação do governo federal é positiva em todas as faixas etárias, a não ser entre os jovens de 16 a 24 anos: 46%, segundo o Paraná Pesquisa divulgado sexta, contra uma desaprovação de 49,8%.

Um gesto político

O governo recebeu como gesto político a ordem do ministro Luiz Fux (STF) para que se planeje ações de segurança do Sete de Setembro. Como se as forças de segurança precisassem desse tipo de ordem para fazer o seu trabalho e como se manifestações no Brasil fossem violentas.

Energia limpa

A energia solar continua elevando a participação na matriz energética brasileira e atingiu 16 gigawatts de capacidade instalada. Segundo a Absolar, associação do setor, em dois meses, houve aumento de 6,6%.

Essas pesquisas…

Em 28 de junho de 2018, pesquisa CNI/Ibope apontava empate de Marina Silva (13%) com Jair Bolsonaro (17%). Ciro Gomes e Alckmin também estavam empatados… Esse Ibope só podia acabar mesmo.

Suspeita diferente

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) afirmou, ao contrário da PF, que as mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips mostram “o avanço do crime organizado” que ocorre no Brasil e nos demais países da região.

Processo é longo

A Comissão Europeia tornou a Ucrânia “candidato” a adesão à União Europeia. Agora o país que está em guerra com a Rússia está na mesma lista que Albânia, Montenegro, Macedônia do Norte, Sérvia e Turquia.

Vai dar M?

Aprovar a entrada da Ucrânia no bloco não é caridade, é declaração de guerra da Europa à Rússia.

DIÁRIO DO PODER

Deixe uma resposta