A vida humana não tem preço
Esta pandemia da Covid-19, pegou-nos de surpresa. De calça curta. Ninguém sabia nada sobre sua etiologia, comportamento, evolução e tratamento. Somos todos aprendizes.
O médico tem o dever de atuar no seu paciente, objetivando o tratamento completo, ou atenuando a agressão mórbida com o objetivo de pelo menos aliviar sua dor. O médico não agindo desta maneira, poderá incorrer em crimes tipificados de IMPRUDÊNCIA, IMPERÍCIA OU NEGLIGÊNCIA.
Sobre estes aspectos, entendo que, se o médico suspeita que o paciente apresenta um quadro clínico inicial compatível com Covid-19 e receita um analgésico e orienta só voltar ao Hospital se apresentar febre e falta de ar, no mínimo, está sendo NEGLIGENTE OU IMPERITO.
Todo médico que tenha experiência clínica e apesar de não haver pesquisa comprovando a eficácia do seu arsenal terapêutico, a sua prática diária tem força para atuar no sentido de curar seu paciente ou atenuar seu sofrimento. Muitas drogas usadas com sucesso pela sabedoria popular, só posteriormente tiveram comprovação científica.
A exemplo, podemos citar a casca da Quina-precursora da Hidroxi-cloroquina, árvore existente abundantemente em todo cerrado Brasileiro, usada a séculos pelos nossos indígenas e o homem do campo, no tratamento de doenças articulares, malária e por nós no tratamento do Lúpus. A ivermectina há décadas é usada para tratamento de vermes, piolhos e sarna. Todos os criadores de gado bovino, vermifugam seu rebanho, anualmente, com ivermectina.
Lembramos que todo medicamento é uma faca de dois gumes. Por isso, para ser usado tem que se saber a DOSE LETAL MÍNIMA (dlm) para se evitar os efeitos colaterais indesejáveis. Portanto, sob nossa ótica, garantida pela nossa Carta Magna, cabe ao médico de cabeceira, a ele, tão somente a ele, avaliar o que é melhor para o seu paciente. Por tudo isto, somos favorável ao tratamento ativo e precoce.
Sabemos também que até hoje, não existe tratamento para vírus. Temos que manter os órgãos vitais do paciente em condições adequadas até que seu organismo reaja enfraqueça a virulência viral.
Precisamos atenuar sua virulência, usando todo arsenal terapêutico disponível, visando tão somente salvar vidas e tratar as invasões oportunistas.
Portanto, o médico assistente tem o poder de avaliar o que é melhor para o seu paciente.
Na maioria dos casos pacientes tratados precocemente, não evoluem para a fase lll, de intubação, o máximo chegam a fase ll.
“Viver e lutar a vida é luta renhida, que aos fortes, os fracos só podem exaltar” (G.Dias).